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Ipea: Vulnerabilidade social cai em áreas metropolitanas do país

O índice varia de 0 a 1, na qual zero é sempre a situação ideal

Do JC Online
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Publicado em 06/10/2015 às 17:25
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As 16 regiões metropolitanas do Brasil tiveram queda no índice de vulnerabilidade social entre 2000 e 2010, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A queda mais acentuada foi registrada na área do Vale do Rio Cuiabá (31,1%).

O índice, criado este ano pelo Instituto, contém os dados obtidos pelos censos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizados no Brasil, e avalia o nível de exclusão social da população. Os dados, informados nesta segunda-feira (5), são complementares ao Atlas da Vulnerabilidade Social, que foi divulgado no início de setembro. As informações são da Agência Brasil.

Para analisar as áreas metropolitanas, o instituto estruturou o índice em três níveis: infraestrutura (que analisa indicadores como água e esgoto, coleta de lixo e tempo de deslocamento casa/trabalho), capital humano (que analisa a taxa de mortalidade infantil, escolaridade e analfabetismo, entre outros indicadores) e renda e trabalho (que avalia a renda, desocupação e trabalho infantil, entre outros).

As regiões metropolitanas analisadas foram Belém, Belo Horizonte, Vale do Rio Cuiabá, Curitiba, Região de Desenvolvimento Integrado do Distrito Federal (RIDE-DF), Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Grande São Luís, São Paulo e Grande Vitória.

O índice varia de 0 a 1, na qual zero é sempre a situação ideal. Varia da situação considerada ideal para a que mais necessidade de intervenções do poder público.

Além disso, ele também está dividido em quatro categorias: muita baixa vulnerabilidade social (0 até 0,200); baixa vulnerabilidade (até 0,300); média vulnerabilidade (até 0,400); alta vulnerabilidade (de 0,400 até 0,500) e, acima disso, de muito alta vulnerabilidade social.

"O zero é sempre a situação ideal. Consideramos a mortalidade infantil zero a uma melhor situação, considerada de muito baixa vulnerabilidade social. Enquanto o um, na régua, corresponde a muito alta vulnerabilidade social, que é a pior situação", explicou Bárbara Marguti, coordenadora de Estudos em Desenvolvimento Urbano do Ipea.

"Isto em 2010, uma década gloriosa, em que os indicadores avançaram muito. Então o nosso deficit em infraestrutura urbana é enorme. A gente tem muito a fazer e os arranjos metropolitanos que a gente tem hoje não estão ajudando muito nisso", alertou o diretor de Estudos e Políticas Regionais Urbanas, Ambientais e Urbanas do Ipea, Marco Aurélio Costa.

A região metropolitana que apresentou a maior redução foi a do Vale do Rio Cuiabá, que saltou duas faixas em dez anos -de muito alta vulnerabilidade para média vulnerabilidade social. Já a região metropolitana de São Paulo caiu de 0,386 (2000) para 0,299 (2010) -recuo de 22,5%.

Já a região metropolitana de Salvador, por exemplo, foi a que mais reduziu a mortalidade infantil no país. A capital baiana conseguiu diminuir o número de crianças mortas com até um ano de vida de 40 casos para mil nascidos vivos, no ano de 2000, para 16 casos a cada mil nascidos vivos em 2010 -representa uma queda de 60%.

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