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Custos industriais sobem 8,1% em 2015, diz CNI

Segundo a pesquisa, por conta da crise econômica enfrentada em 2015, a indústria não foi capaz de repassar para os preços todo o aumento de custos, sofrendo redução em sua lucratividade

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 28/03/2016 às 15:40
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Segundo a pesquisa, por conta da crise econômica enfrentada em 2015, a indústria não foi capaz de repassar para os preços todo o aumento de custos, sofrendo redução em sua lucratividade - FOTO: Foto: Comunicação Volkswagen do Brasil
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Os custos industriais continuaram subindo no último trimestre do ano passado, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) O Indicador de Custos Industriais aumentou 3,3% no período em relação ao terceiro trimestre, desconsiderando os efeitos sazonais - foi o quinto trimestre consecutivo de alta. Em relação ao mesmo período de 2014, o indicador subiu 10%. No ano, a alta foi de 8,1%. 

Segundo a pesquisa, por conta da crise econômica enfrentada em 2015, a indústria não foi capaz de repassar para os preços todo o aumento de custos, sofrendo redução em sua lucratividade. "Embora na média de 2015 a indústria tenha apresentado perda de lucratividade, no último trimestre essa tendência foi quebrada, com a indústria conseguindo elevar seus preços em 4,3% frente a um aumento de 3,3% nos custos industriais", afirmou. 

A pesquisa ainda relatou que a desvalorização do real frente ao dólar representou um ganho de competitividade dos produtos industriais nacionais frente aos produtos industriais importados ao longo de todo o ano. O levantamento mostrou ainda que os preços médios de produtos industriais importados, em reais, apresentaram aumento de 30,5% em 2015, frente ao aumento de 8,1% dos custos industriais. 

Segundo a CNI, só com capital de giro, os custos da indústria subiram 3,9% entre outubro e dezembro ante o terceiro trimestre. Os custos com tributo caíram 5,2% no trimestre na mesma base comparativa, e o custo com produção, que incluem as despesas com bens intermediários, com pessoal e energia, tiveram uma alta de 5,3% no período analisado. Entre os custos com produção, o que mais chamou a atenção foi o aumento de 5,7% nos bens intermediários importados. No caso da energia, o custo sofreu uma elevação de 10,7% ante o terceiro trimestre.

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