O Dia das Mães, uma das datas mais importantes para o comércio varejista, não impulsionou as vendas este ano, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo IBGE.
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"O Dia das Mães provavelmente foi o mais fraco ao longo da série (da pesquisa, iniciada em 2000)", avaliou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Na passagem de abril para maio, as vendas do varejo recuaram 1,0%, pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2000.
"O segmento de vestuário e calçados ainda é o mais beneficiado pelo Dia das Mães. Ele reage mais, mostra crescimento", apontou Isabella.
As vendas do segmento de tecidos, vestuário e calçados cresceram 1,5% em maio ante abril. No entanto, outros dois setores que costumam se beneficiar com a data registraram queda: móveis e eletrodomésticos caíram 1,3%; enquanto outros artigos de uso pessoal e doméstico - que inclui as lojas de departamento - diminuíram 2,4%. As duas atividades foram as principais responsáveis pela queda no comércio varejista como um todo no mês.
As demais quedas na passagem de abril para maio foram registrada em Combustíveis e lubrificantes (-0,4%), artigos farmacêuticos (-0,8%), livros e revistas (-2,7%), e equipamentos de escritório, informática e comunicação (-2,0%). As vendas do setor de supermercados - o de maior peso dentro do varejo - ficaram estagnadas (0,0%).
Pico
Após meses de perdas e um Dia das Mães com pouco fôlego, as vendas do comércio varejista em maio ficaram em patamar 12,2% abaixo do pico registrado em novembro de 2014, aponta IBGE.
Já as vendas do varejo ampliado, segmento que inclui as atividades de veículos e material de construção, operam 19,5% abaixo do ponto mais alto, registrado em agosto de 2012.