O consumo nacional de energia elétrica somou 38.259 gigawatts-hora (GWh) em setembro deste ano, o que corresponde a um crescimento de 1,4% em relação ao montante consumido em igual mês de 2015, informou nesta segunda-feira (31) a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
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As residências registraram um aumento no consumo de eletricidade de 4,6% no mês passado, na sétima alta mensal consecutiva. Já a classe comercial seguiu em trajetória de queda e apresentou um recuo de 1% na comparação mensal. De acordo com a EPE, a queda reflete o cenário econômico ainda desfavorável de diminuição na renda real, aumento do desemprego e de condições de crédito adversas. "Apesar de os indicadores setoriais mostrarem que as famílias e as empresas estão menos pessimistas com a atual conjuntura econômica, não se observa ainda na demanda por bens e serviços o reflexo dessa expectativa positiva", declarou a EPE em sua resenha mensal, destacando que as vendas no comércio varejista recuaram 5%, acumulando 6,7% no período de 12 meses.
As indústrias, por sua vez, apresentaram consumo próximo da estabilidade em setembro quando comparado ao mesmo mês do ano passado (-0,1%). A EPE destacou que o desempenho é reflexo do aumento da demanda por eletricidade em alguns segmentos intensivos no consumo de energia, como metalúrgico, papel e celulose, têxtil, químico, alimentício e automotivo.
A EPE também destacou que houve considerável influência do ciclo de faturamento sobre o resultado do consumo de setembro. Expurgado esse efeito, o crescimento seria mais brando no segmento residencial, de cerca de 2,5%, enquanto a retração seria mais acentuada na classe comercial, de quase 3%.
3º Trimestre
No terceiro trimestre do ano, o País registrou uma ligeira alta do consumo de energia elétrica, de 0,6%, o segundo trimestre consecutivo com crescimento de demanda. A exemplo do verificado em setembro, o movimento foi puxado pelo segmento residencial, que anotou um avanço de 3%. Já indústria apresentou leve queda de 0,4%, a menor em 12 meses, e o comércio teve uma queda de 2,1%.