A demanda do consumidor por crédito subiu 3,7% em 2016, segundo pesquisa da Serasa Experian. A empresa ressalta que, apesar de positivo, foi o quinto ano consecutivo de fraco desempenho, já que no período de 2008 a 2011 o crescimento médio anual da procura por crédito foi bem mais expressivo: 7,1%.
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De acordo com os economistas da Serasa, a inflação ainda alta - sobretudo no primeiro semestre do ano passado - os esforços das famílias em reduzir suas dívidas, o elevado custo do crédito e o grau reduzido dos índices de confiança dos consumidores determinaram um desempenho enfraquecido da demanda por crédito em 2016.
Quitação/renegociação de dívidas
Segundo a empresa, a demanda no ano passado foi caracterizada pela procura de crédito para quitação/renegociação de dívidas e não tanto para expansão do endividamento de consumo/investimento
Considerando apenas dezembro, a demanda caiu 13,6% ante novembro, sem ajuste sazonal, mas subiu 1,5% em relação a dezembro de 2015.
Na divisão por faixa salarial, o maior aumento em 2016 foi na categoria de R$ 1.000 a R$ 2.000 (4,3%), seguido da faixa de R$ 2.000 a R$ 5.000 (4,1%), do intervalo entre R$ 5.000 a R$ 10.000 (3,9%), do segmento de R$ 500 e R$ 1.000 (3,7%), da faixa acima de R$ 10.000 (3,6%) e daqueles que ganham menos de R$ 500 (1,1%)
Na avaliação por regiões geográficas, o Sul liderou o crescimento (+7,2%), seguido por Centro-Oeste (+5,1%), Sudeste (+3,7%) e Nordeste (1,7%). A única queda foi no Norte (-2,6%).