FOLIA

Bebidas são os itens de Carnaval com maior carga tributária, diz IBPT

IBPT fez levantamento com itens do Carnaval que possuem a maior carga tributária

JC Online
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Publicado em 11/02/2017 às 7:31
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Nem tudo é folia no Carnaval. Porém, em meio à festa, o consumidor nem percebe que boa parte do preço que paga por itens típicos da época é composto por tributos ao governo. A caipirinha tradicional, que leva cachaça e limão, tem 76,66% de impostos. A informação faz parte de um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) sobre a quantidade de impostos cobrados em cada produto de Carnaval. 

As bebidas alcoólicas são os itens mais tributados: o chope (62,20%), lata ou garrafa de cerveja (55,60%), lata de refrigerante (46,47%) e a água mineral (37,44%). 

A fantasia também é alvo do leão. Um colar havaiano tem 45,96% de carga tributária. Já a fantasia de tecido, 36,41%. Outros itens, como a máscara de plástico (43,93%) ou confeccionada com lantejoulas (42,71%); e o apito (34,48%) não são menos tributados. O preço do spray de espuma é formado 45,94% por impostos e o confete, 43,83%.

Já o contribuinte que pretende aproveitar o feriado para viajar, terá que desembolsar 22,32% de tributos sobre passagem aérea e 29,56% que incidem sobre o valor da hospedagem, segundo o IBPT. 

Esses itens têm alta carga tributária porque são considerados supérfluos. A tributação segue o princípio da seletividade, por isso, quanto mais importante for o item para a população, menores são os impostos.

ALTA

No Carnaval, é esperada a alta dos preços devido à maior demanda dos produtos. Porém, a expectativa é de que o aumento pela inflação seja mais suave este ano. Em janeiro deste ano, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 5,3%, contra os 10,7% acumulados no mesmo período até janeiro de 2016.

“A queda no valor acumulado da inflação é considerável. Em relação a isso, o Carnaval será melhor. Por outro lado, há uma taxa de desemprego grande. Não podemos dizer que o comércio terá um bom desempenho nas vendas este ano”, diz o economista do Instituto Fecomércio de Pernambuco, Rafael Ramos.

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