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Nota do Brasil pode mudar com reformas, diz Moody's

O Brasil tem um cenário melhor do que há um ano, quando a Moodys rebaixou o rating soberano e a perspectiva, mas precisa aprovar reformas para melhorar sua nota

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Publicado em 23/02/2017 às 10:38
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O Brasil tem um cenário melhor do que há um ano, quando a Moody’s rebaixou o rating soberano e a perspectiva, mas precisa aprovar reformas para melhorar sua nota - FOTO: Foto: Divulgação
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O Brasil tem um cenário melhor do que há um ano, quando a Moody’s rebaixou o rating soberano e a perspectiva, mas precisa aprovar reformas para melhorar sua nota, comentou Samar Maziad, vice-presidente e analista sênior para o Brasil da Moody’s, em entrevista exclusiva ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Maziad esteve recentemente em Brasília, onde conversou com autoridades para avaliação periódica sobre o País. 

Em 24 de fevereiro de 2016, a nota do País foi reduzida de Baa3 para Ba2, e a perspectiva saiu de estável para negativa.

O analista teceu elogios à equipe econômica, que considerou "coesa e comprometida para que as reformas fiscais avancem". Ele também defendeu a aprovação da reforma na Previdência. "Após a aprovação da reforma pelo Congresso, o Brasil terá uma posição mais favorável para rating e perspectiva", comentou. Ele também afirmou que prevê, em sua projeção, que a reforma passará no Congresso ainda neste ano. "Se a reforma da Previdência não for aprovada, será uma surpresa negativa", disse.

Além disso, Maziad reconheceu que, se suas projeções para o calendário de mudanças estruturais se confirmarem, "é possível que em seis meses haverá uma nova avaliação de perspectiva do Brasil pela Moody’s". Segundo explicou, quando a agência altera a perspectiva de um país, leva-se normalmente de 12 a 18 meses para realizar outra ponderação.

Operação Lava Jato

Durante a entrevista, ele pontuou que uma melhora de rating do País está muito relacionada a um cenário mais favorável para a área fiscal num horizonte de cinco anos à frente. Mas ele também apontou que o surgimento de fatores negativos no curto prazo não podem ser descartados, como as "incertezas com desdobramentos da Operação Lava Jato". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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