A Petrobras informa a assinatura de acordo de venda de ativos para a francesa Total, negócio que havia sido anunciado em 21 de dezembro. O valor final ficou em US$ 2,225 bilhões, muito próximo dos US$ 2,2 bilhões estimados na ocasião.
Leia Também
- Petrobras avaliará pedido da Sete Brasil de retomada de negociação
- "Quem comprou ação da Petrobras ganhou muito dinheiro", diz Temer
- MP analisa acordos do governo do Rio com Petrobras e empresas de telefonia
- Plano de Desinvestimento da Petrobras sofre resistência no País
- Pedro Parente: privatização da Petrobras não está na agenda da estatal
O pagamento será composto de US$ 1,675 bilhão à vista, pelos ativos e serviços, uma linha de crédito que pode ser acionada pela Petrobras no valor de US$ 400 milhões, representando parte dos investimentos da Petrobras nos campos da área de Iara, além de pagamentos contingentes no valor de US$ 150 milhões.
A transação envolve a cessão de 22,5% dos direitos na área de concessão de Iara, que inclui os campos de Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu. A Petrobras continuará como operadora e também deterá a maior participação na área, de 42,5%. A BG E&P Brasil (da Shell), com 25%, e a Petrogal Brasil, com 10%, também fazem parte desse consórcio.
Já no campo de Lapa, que iniciou operação em dezembro de 2016, a cessão de direitos é de 35%, com a transferência da operação para a Total e fatia de 10% para a Petrobras. Também participam a BG E&P Brasil com 30% e a RepsolSinopec Brasil, com 25%.
Também foi concluída a venda de 50% de participação da estatal para a Total na Termobahia, incluindo as térmicas Rômulo de Almeida e Celso Furtadoduas térmicas estão ligadas ao terminal de regaseificação de São Francisco do Conde, no mesmo Estado.
A transação ainda inclui a opção de aquisição de 20% de participação no bloco 2 da área de Perdido Foldbelt, no Golfo do México, "assumindo apenas as obrigações futuras proporcionais à sua participação", como explica a Petrobras no fato relevante divulgado há instantes.
Outros pontos da aliança estratégica são estudos conjuntos nas áreas exploratórias da Margem Equatorial e na área sul da Bacia de Santos e parceria tecnológica nas áreas de petrofísica digital, processamento geológico e sistemas de produção submarinos.
A conclusão das operações está sujeita a aprovações dos órgãos reguladores competentes e ao potencial exercício do direito de preferência dos atuais parceiros na área de Iara, entre outras condições precedentes.
Acordo é parte do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021 da Petrobras
A Petrobras ressalta que o acordo é parte importante do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, "ao intensificar o compartilhamento de informações, experiências e tecnologias, avançar no fortalecimento da governança corporativa, além de melhorar a financiabilidade da companhia, através de mitigação dos riscos, entrada de caixa e desoneração dos investimentos".
Da parte da Total, conforme o comunicado, o negócio amplia presença no Brasil com a participação em novos campos da Bacia de Santos e entrada "na promissora cadeia de valor do gás natural."