ENDIVIDAMENTO

Número de famílias endividadas volta a crescer em fevereiro, diz CNC

A pesquisa considera como dívidas a pagar contas com cheque pré-datado, cartão de crédito e outros

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Publicado em 07/03/2017 às 11:04
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A pesquisa considera como dívidas a pagar contas com cheque pré-datado, cartão de crédito e outros - FOTO: Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o porcentual de famílias endividadas cresceu em fevereiro após quatro quedas consecutivas. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 56,2% das famílias possuíam algum tipo de dívida em fevereiro, uma alta de 0,6 ponto porcentual em comparação ao mês anterior.

A pesquisa considera como dívidas as contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Apesar da alta mensal, o indicador permanece abaixo dos 60,8% registrados no mesmo período do ano passado e atinge o menor patamar para um mês de fevereiro da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. "A queda na comparação anual indica um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos para as famílias", aponta Marianne Hanson, economista da CNC.

A pesquisa revela ainda que a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso também aumentou de 22,7% em janeiro para 23% em fevereiro. Já na comparação anual, no entanto, a fatia de inadimplentes baixou em 0,3 ponto porcentual. 

O total de famílias que acreditam que não terão como pagar as dívidas e que por isso permanecerão inadimplentes passou de 8,6% em fevereiro de 2016 para 9,8% em fevereiro deste ano. Esse é o maior patamar do indicador desde janeiro de 2010, quando estava em 10,2%.

Também houve leve aumento na proporção de famílias que se declararam muito endividadas: de janeiro para fevereiro, o porcentual subiu de 13,9% para 14% do total de famílias. Na comparação anual, houve alta de 0,2 ponto porcentual. "A perspectiva menos positiva das famílias em relação ao seu endividamento continua atrelada à conjuntura desfavorável de emprego e renda, além de juros ainda elevados", comenta Marianne Hanson, economista da CNC.

ATRASO

A pesquisa mostra ainda que o tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 65,7 dias em fevereiro de 2017, acima dos 64,3 dias em fevereiro de 2016. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7 meses, sendo que 33,2% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 21,5% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas. 

Para 76,8% dos que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como o principal compromisso deste tipo, seguido de carnês (14,5%) e, em terceiro, financiamento de carro e crédito pessoal (9,9%).

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