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Economia já permitiria ritmo maior no corte de juro, diz ata do Copom

Na semana passada, o juro foi cortado em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano

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Publicado em 18/04/2017 às 9:42
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Na semana passada, o juro foi cortado em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano - FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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A atual situação da economia do Brasil já permitiria acelerar ainda mais o ritmo de corte de juro. A afirmação consta da ata da reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na manhã desta terça-feira (18).

"A evolução da conjuntura econômica já permitiria uma intensificação do ritmo de flexibilização monetária maior do que a decidida nessa reunião", citam os diretores do BC no parágrafo 22 do documento. Na semana passada, o juro foi cortado em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano.

Nesse trecho, a ata cita que "os membros do Comitê ponderaram sobre o grau de antecipação do ciclo desejado". Nesse debate, apesar da menção ao espaço para imprimir ritmo ainda maior no corte do juro, o texto nota que os membros do Copom reconheceram que incertezas e fatores de risco tornaram mais adequado a decisão pela redução de 1 ponto porcentual - como anunciado.

"Dado o caráter prospectivo da condução da política monetária, a continuidade das incertezas e dos fatores de risco que ainda pairam sobre a economia tornaria mais adequada a manutenção do ritmo imprimido nessa reunião", citam os diretores no parágrafo 22.

O comitê voltou a ressaltar que o ritmo de flexibilização monetária está diretamente relacionado à extensão e eventual antecipação do ciclo de queda do juro. "O Copom ressalta que o ritmo de flexibilização monetária dependerá da extensão do ciclo pretendido e do grau de sua antecipação", citam os diretores no parágrafo 28 da ata.

Esse debate sobre a velocidade da queda do juro também é influenciado, argumentaram os diretores do BC, pela "evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação".

Diante dessa avaliação, os diretores afirmam que "o atual ritmo é adequado". "Entretanto, a atual conjuntura econômica recomenda monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo", completa o documento.

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