A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 7,5% em abril, mesmo patamar registrado em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou, na manhã desta terça-feira, 25, o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. A taxa, porém, é 3,2 pontos porcentuais menor do que a registrada no mesmo período do ano passado.
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"O resultado de abril mostra que uma parcela importante da queda nas expectativas dos consumidores nos meses anteriores foi reflexo da surpresa com relação à inflação realizada e da repercussão dessa notícia na mídia. Assumindo que a inflação realizada continuará sua trajetória de queda, espera-se que ao longo dos próximos meses a expectativa de inflação dos consumidores volte a cair, mantendo-se um pouco acima da inflação medida pelo IPCA acumulado em 12 meses", avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Mais de 2.000 pessoas foram ouvidas
A proporção de consumidores prevendo uma inflação abaixo da meta do governo cresceu entre março e abril, de 11,2% para 16,3% do total de entrevistados. Por outro lado, na faixa de renda familiar que recebe até R$ 2.100,00 mensais, a inflação prevista subiu 1,4 ponto em relação ao mês anterior, passando a 9,8%.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.