As famílias brasileiras gastaram mais com alimentação em abril devido ao aumento de produtos in natura. O grupo Alimentação e Bebidas saiu de alta de 0,34% em março para aumento de 0,58% em abril, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Leia Também
O grupo deu a maior contribuição positiva para a taxa de 0,14% do IPCA no último mês, o equivalente a 0,15 ponto porcentual. Vários produtos registraram aumentos, como o tomate (29,02%) e a batata-inglesa (20,81%).
"Quem puxou a taxa do grupo alimentação e bebidas foram os alimentos comprados nos supermercados, os que a gente consome em casa", lembrou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Alimentação fora do domicílio
A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,38% em abril, contra um aumento de 0,68% na alimentação consumida no domicílio.
"Houve alguns problemas que fizeram com que a oferta de alguns produtos diminuísse. A safra de tomate foi enorme e os produtores reclamaram de prejuízo. Teve destruição de tomate para elevar o preço. Os produtores evitaram botar tomate em oferta no mercado. Os preços não cobriam os custos de produção. Apesar disso, não sou poucos os alimentos que ficaram mais baratos também", completou a pesquisadora.
Alguns itens que ficaram mais baratos foram o óleo de soja (-4,17%) e o arroz (-1,69%)."A safra agrícola vai vir imensa este ano. Apesar da aceleração nos preços dos alimentos, o movimento é sazonal", ponderou Eulina.