A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 7,1% em maio, um recuo de 0,4 ponto porcentual em relação ao resultado de 7,5% verificado em abril, informou na manhã desta terça-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. O resultado representa o menor patamar desde agosto de 2013, quando estava em 7%. Na comparação com o mesmo mês no ano anterior, o indicador está 3,2 pontos porcentuais menor.
"A queda na expectativa de inflação dos consumidores reflete a queda generalizada dos preços, refletida no índice de preços ao consumidor, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As pessoas estão, cada vez mais, acreditando no compromisso do Banco Central em manter a inflação na meta. Além disso, a profunda recessão econômica e o alto desemprego ajudam a direcionar as expectativas de inflação para níveis inferiores", afirmou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
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Em maio, 50,9% dos consumidores consultados previram inflação inferior a 6% nos 12 meses seguintes, dando continuidade ao movimento de migração das expectativas para valores inferiores ao limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para este ano.
A frequência de respostas inferiores à meta de 4,5% avançou 4 pontos porcentuais em relação ao mês anterior, passando a 20,3% do total. Na direção oposta, o porcentual de citações superiores a 10% recuou 1,3 ponto porcentual, para 15,4%, o mesmo nível de março passado.
A expectativa de inflação recuou em todas as faixas de renda, exceto para as famílias com renda mensal entre R$ 4,800,01 e R$ 9,600,00, cuja previsão ficou relativamente estável em relação ao mês anterior. A redução mais forte da inflação prevista em maio ocorreu entre as famílias com renda até R$ 2.100,00 mensais
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.
IPC-S fica em 0,35% na 3ª quadrissemana de maio ante 0,30% na anterior
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou na terceira quadrissemana de maio, para 0,35%, de 0,30% na segunda medição do mês, informou nesta terça-feira (23) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Das oito classes de despesas analisadas, cinco apresentaram acréscimo em suas taxas de variação nesta apuração: Habitação (0,44% para 0,93%), Educação, Leitura e Recreação (-0,53% para -0,25%), Transportes (-0,17% para -0,15%), Vestuário (0,55% para 0,72%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,26%).
Em contrapartida, registraram decréscimo em suas taxas de variação na terceira quadrissemana de maio os grupos Alimentação (0,16% para -0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,08% para 0,90%) e Comunicação (1,22% para 0,75%).