A produção industrial brasileira cresceu 0,8% em maio, em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4). Os números não medem integralmente as incertezas provocadas pela grave crise política que o país enfrenta.
Esse é o segundo mês seguido de expansão no setor. Abril registrou alta de 1,1%, segundo dados revisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que, em sua estimativa anterior, tinha apontando 0,6%.
Em relação a maio de 2016, a produção industrial subiu 4%, seu melhor resultado desde fevereiro de 2014.
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No acumulado de cinco meses, o setor industrial cresceu 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 12 meses, o setor segue com contração de 2,7%, mas tem melhorado consideravelmente após o recorde negativo de junho de 2016 (-9,6%).
Dos 24 setores analisados em maio, 17 registraram expansão, com alta mensal de 9% na fabricação de veículos, reboques e carrocerias.
Por categoria, a produção de bens de capital, que permite estimar a tendência dos investimentos, cresceu 3,5% em maio em relação a abril, quando já havia aumentado 1,9% (dado revisado). A produção de bens de consumo duráveis subiu 6,7% (+2,9% em abril).
A expansão coincide com uma leve retração das taxas de desemprego recordes dos últimos dois meses.
Contudo, a expansão industrial de maio ainda não mede completamente o impacto do escândalo que atingiu o governo do presidente Michel Temer.
Em junho, o Índice de Confiança na Indústria (ICI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 2,8% em relação a maio, a 89,5 pontos. E o nível de utilização da capacidade industrial retrocedeu 0,5 pontos.
