SERASA EXPERIAN

Ano será de baixo crescimento com PIB fechando 2017 entre 0% e 0,5%

Será um ano de baixo crescimento, mas não será tão ruim como se imaginava nos primeiros momentos

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Publicado em 19/07/2017 às 13:47
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Será um ano de baixo crescimento, mas não será tão ruim como se imaginava nos primeiros momentos - FOTO: Foto: Agência Brasil
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A despeito do golpe que a gravação da JBS acertou na economia a partir de maio, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ainda encerrar 2017 com algum crescimento, previu nesta quarta-feira (19), o economista-chefe da Serasa Experian, Luís Rabi. Pelos exercícios feitos pela entidade, a economia brasileira deverá evoluir algo entre 0% e 0,5% ao longo deste ano.

A explicação, de acordo com o economista, é que o governo, apesar do impacto sofrido, conseguiu agir rápido ao ponto de aprovar algumas matérias, entre elas a reforma trabalhista. Será um ano de baixo crescimento, diz ele, mas não será tão ruim como se imaginava nos primeiros momentos depois da deflagração da crise.

A inflação, por exemplo, de acordo com a previsão da Serasa Experian, encerrará o ano em 3% em termos anualizados e a balança comercial deverá fechar com um superávit da ordem de R$ 60 bilhões. "O Brasil continua atraindo investimentos que continuarão financiando o déficit das transações correntes, mantendo o câmbio estável, dando espaço para mais cortes da Selic e as reformas devem continuar", previu Rabi.

Isso não quer dizer que o cenário para aprovação da reforma da Previdência não piorou, destaca o economista. Para ele, as chances de aprovação da reforma previdenciária se reduziram de 80% antes da divulgação das gravações da JBS em 17 de maio para algo como 50% agora. Diante desta dificuldade, Rabi acredita que no cenário mais provável, o governo deverá aumentar a carga tributária para conseguir fechar suas contas.

É neste cenário que contempla aumento de impostos que o economista da Serasa Experian prevê uma taxa menor de crescimento do PIB neste ano, no intervalo de 0% a 0,5%. "A economia vai continuar crescendo, mas a uma taxa baixa por conta do aumento da carga tributária", previu.

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