O Índice Bovespa encontrou espaço no período da tarde desta sexta-feira (28) para uma discreta alta, depois de um dia quase inteiro rondando a estabilidade. Apesar do fôlego insuficiente para um avanço mais significativo, o clima nos negócios foi essencialmente positivo, apoiado em indicadores econômicos mais favoráveis, balanços corporativos dentro do esperado e dólar em queda. Depois de ter caído até 0,50% pela manhã, o indicador inverteu a tendência e terminou a sessão em alta de 0,34%, aos 65.497,12 pontos, na máxima do dia. Com isso, encerrou a semana com ganho acumulado de 1,26%.
No cenário internacional, a alta dos preços do petróleo voltou a ser fator positivo, alavancando as ações da Petrobras, que subiram 0,22% (ON) e 1,00% (PN). Os contratos futuros da commodity tiveram o maior ganho porcentual na semana desde dezembro do ano passado. Os papéis da Vale ganharam 2,15% (ON) e 2,05% (PNA), apesar da baixa dos preços do minério de ferro e de altas discretas de suas pares no exterior. O setor financeiro seguiu sentidos divergentes, tendo Santander como maior destaque de queda (-1,80%) e Bradesco ON como destaque de alta (+1,02%).
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Day trade
Segundo operadores ouvidos pelo Broadcast, a virada do Ibovespa no período da tarde teve em boa parte a contribuição de investidores do "day trade" (curtíssimo prazo) que mais cedo haviam apostado numa queda do índice. O recuo do dólar, que renovou sucessivas mínimas à tarde, teria sido um dos gatilhos para a recomposição de posições.
Entre as empresas que divulgaram resultados trimestrais, o destaque do dia foi Estácio. A ação da empresa de educação disparou 14,78%, fechando na máxima do dia. O Bank of America Merrill Lynch elevou a recomendação da ação para compra, depois de a empresa apresentar resultados do segundo trimestre do ano acima do esperado. A companhia teve lucro líquido de R$ 166,3 milhões no segundo trimestre do ano, saindo do prejuízo de R$ 19,9 milhões informado em igual período do ano anterior.