O superávit de US$ 42,514 bilhões acumulado pela balança comercial de janeiro a julho foi alcançado com vendas de volumes recordes de produtos como minério de ferro, soja, petróleo e celulose. Em relação ao valor exportado, foram registrados recordes também na venda de automóveis de passageiros, veículos de carga, carne suína congelada e partes de motores e turbinas de aviação.
O aumento nas exportações nos primeiros sete meses do ano, de 18,7%, é resultado principalmente de uma melhoria nos preços dos produtos, que subiram 15,3%. Já as quantidades exportadas cresceram 3,3%. As importações cresceram 7,2%, com aumento de 4,1% nos preços e de 2,9% nas quantidades.
No mês de junho, houve ainda crescimento de 38% nas exportações de carne bovina in natura, impactado pelo retorno das vendas para o Egito, que haviam sido suspensas por problemas do país com balanço de pagamentos. No ano, o aumento é de 3,2%.
Leia Também
- Balança comercial tem superávit de US$ 2,203 bilhões na 3ª semana
- Superávit em transações correntes soma US$ 1,330 bilhão em junho
- Superávit da balança na 2ª semana de julho foi de US$ 1,323 bilhão
- Balança comercial tem superávit de US$ 1,045 bi na 1ª semana de julho
- Governo aumenta para US$ 60 bilhões estimativa de superávit comercial
Combustíveis
Até julho, houve um aumento de 324% no valor importado de etanol, que somaram US$ 667 milhões e 1,3 bilhão de litros. De acordo com o secretário do Comércio Exterior, Abrão Neto, isso foi impactado pelo aumento na demanda interna e pelo preço mais baixo do produto importado.
O governo avalia um pedido dos produtores nacionais de aumentar o imposto de importação sobre o etanol para proteger a indústria local. "Não há decisão sobre aumento de imposto de importação sobre etanol", completou.
Já a conta petróleo registrou superávit de US$ 3,799 bilhões de janeiro a julho, ante US$ 983 milhões no mesmo período de 2016. As exportações de petróleo e derivados somaram US$ 126,479 bilhões de janeiro a julho (+18,7%), enquanto as importações totalizaram US$ 83,965 bilhões (+7,2%).
O secretário atribuiu a melhora ao aumento da produção nacional de petróleo em bruto, que foi de 10,4% no primeiro semestre. "Caminhamos para ter o segundo ano consecutivo de superávit na conta petróleo", acrescentou.
Em relação aos países de destino, a Argentina se manteve pelo terceiro mês como o principal destino das exportações de manufaturados brasileiras.
Para o ano, Abrão Neto manteve a expectativa de superávit de US$ 60 bilhões no ano e disse que, se necessário, poderá ser revista "É uma expectativa realista e confiável", acrescentou.
Resultado
A balança comercial brasileira registrou o sexto superávit consecutivo em julho, de US$ 6,298 bilhões. O resultado é o melhor para meses de julho da série histórica, que tem início em 1989.
Em julho, as exportações somaram US$ 18,769 bilhões (alta de 14,9% ante junho de 2016), e as importações US$ 12,471 bilhões (alta de 6,1%). Na quarta semana de julho (24 a 30), o superávit foi de US$ 1,353 bilhão e, na quinta semana (apenas dia 31) US$ 388 milhões. No ano, o superávit comercial soma US$ 42,514 bilhões, também o maior resultado da série para o período.