O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) recuou 0,17% em agosto, após a queda de 84% em julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (16). O resultado agora anunciado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,26% a um avanço de 0,17%, com mediana negativa de 0,05%.
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No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de agosto, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram queda de 0,42% este mês, após a redução de 1,32% em julho. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram alta de 0,34% em agosto, ante uma queda de 0,17% em julho. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve aumento de 0,27% em agosto, após o avanço de 0,62% em julho.
O IGP-10 acumula deflação de 2,41% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada ficou negativa em 1,69%. O período de coleta de preços para o indicador de agosto foi do dia 11 de julho a 10 deste mês O IGP-DI, que apurou preços do dia 1º a 31 do mês passado, caiu 0,30%.
Pressão
O aumento nos custos da gasolina e da conta de luz pressionaram a inflação ao consumidor no IGP-10) de agosto. Cinco das oito classes de despesa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) tiveram taxas de variação maiores, com destaque para o grupo Transportes, que saiu de queda de 0,58% em julho para aumento de 1,19% em agosto. A gasolina passou de redução de 2,54% para alta de 5,79% no período.
Os demais acréscimos foram nos grupos: Habitação (de -0,16% para 0,78%), Comunicação (de 0,05% para 0,51%), Alimentação (de -0,48% para -0,41%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,27% para 0,36%), sob a influência de itens como tarifa de eletricidade residencial (de -2,79% para 4,45%), tarifa de telefone móvel (de 0,12% para 0,70%), hortaliças e legumes (de -4,94% para -0,06%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,32% para 0,34%), respectivamente.
Na direção oposta, houve taxas de variação menores nos grupos Vestuário (de 0,37% para -0,47%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,31% para 0,14%) e Despesas Diversas (de 0,23% para 0,08%), com impacto de itens como roupas (de 0,31% para -0,60%), show musical (de 1,11% para 0,44%) e alimentos para animais domésticos (de 1,27% para 0,82%).
IPAs
Os preços agropecuários medidos pelo IPA Agrícola recuaram 1,56% no atacado em agosto, dentro do IGP-10. Em julho, a queda tinha sido de 2,52%.
Já os preços dos produtos industriais mensurados pelo IPA Industrial tiveram recuo de 0,04% no atacado em agosto, ante redução de 0,90% em julho.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram diminuição de 1,22% em agosto, após a queda de 1,12% em julho.
Os preços dos bens intermediários tiveram queda de 0,51% este mês, ante redução de 0,74% em julho. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram aumento de 0,72% em agosto, após a queda de 2,26% no mês anterior.
Mão de obra sobe menos
Os aumentos menores no custo da mão de obra na construção desaceleraram a inflação do setor em agosto, dentro do IGP-10.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) registrou aumento de 0,27% em agosto, ante uma elevação de 0,62% em julho. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços repetiu a variação de preços do mês anterior, alta de 0,10%. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra teve aumento de 0,40% em agosto segundo a FGV, após uma elevação de 1,04% em julho.
