A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) se manteve estável na passagem de julho para agosto, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O indicador que revela a disposição do brasileiro para compras se manteve em 77,3 pontos, em uma escala de 0 a 200. Em relação a agosto do ano passado, houve um crescimento de 11,5%.
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"Além dos resultados mais favoráveis do mercado de trabalho no curto prazo, a trajetória recente da inflação já abriu as portas para mais quedas nas taxas de juros, fator fundamental para a recuperação das condições de consumo na segunda metade de 2017", aponta Juliana Serapio, assistente econômica da CNC, em nota oficial.
O componente Emprego Atual caiu 0,4% na comparação com o mês anterior, mas é o único subitem acima da zona de indiferença (100 pontos), com 107,2 pontos. Na comparação anual, houve aumento de 4,8%. O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 31,3%, o mesmo de julho
A preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho aparece no componente Perspectiva Profissional. Com 96,0 pontos, o subitem apresentou leve alta de 0,5% na comparação mensal e de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O componente Nível de Consumo Atual atingiu 54,2 pontos, com queda de 0,8% em relação a julho e alta de 22,5% na comparação com 2016. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado (59,3% ante 58,6% em julho).
Duráveis
Segundo a CNC, o item Momento para Duráveis apresentou incremento de 0,4% na comparação mensal. Em relação a 2016, o componente teve avanço de 23,7%. O item Acesso ao Crédito, com 71,4 pontos, registrou aumento de 1,4% na comparação mensal e 11,5% em relação a agosto de 2016, a maior variação anual da série histórica.
Diante do resultado positivo do mercado de trabalho em julho (com geração líquida de 35 mil vagas) e das expectativas também favoráveis em relação ao comportamento dos preços e das taxas de juros, a CNC revisou essa semana sua projeção para o desempenho do varejo ampliado ao final deste ano, de alta de 1,6% para alta de 1,8%.