O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (17) que a alta de 0,25% da economia em junho ante maio, segundo o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) é um dado a ser comemorado porque se soma a uma outra gama de indicadores antecedentes e coincidentes da economia que mostram recuperação. Ainda assim, Meirelles adiantou que o Produto Interno Bruto (PIB) referente ao segundo trimestre, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 1º de setembro, deverá trazer uma taxa próxima de zero ou mesmo negativa.
Segundo o ministro, a previsão de crescimento menor do PIB oficial no segundo trimestre deve-se ao fato de o produto ter crescido muito ao longo dos primeiros três meses - a expansão foi de 1% - e também à diferença entre as metodologias de cálculo do BC e do IBGE.
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"O que tenho para dizer é que os dados de serviços conjugados com os do varejo, criação de postos de trabalho na economia brasileira e conjugado finalmente com o IBC-Br mostram que o Brasil votou a crescer", disse o ministro após reunião de cerca de uma hora e meia com os dirigentes do Grupo Abril, em São Paulo.
Indicativos não homogêneos
O ministro ressalvou, no entanto, que, como em todo processo de inflexão de uma economia que estava caindo, existe uma série de indicativos não homogêneos. "Por exemplo, o índice do BC, o IBC-Br, já é positivo no trimestre, mas o PIB pode ser um pouco mais baixo por um problema de ajuste, mas no geral a economia já está crescendo", disse.