O pregão desta quarta-feira (23), na Bovespa não tem uma direção clara, depois da euforia de terça-feira provocada pela notícia da privatização da Eletrobras. O Ibovespa abriu em alta, passou a cair, voltou a subir e tem alternado os sinais positivo e negativo.
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A influência externa nesta terça é de baixa. Às 10h36, o Ibovespa caía 0,01% aos 70.010 pontos. Dow Jones e S&P500 abriram sob sinal negativo.
As ações da estatal de energia elétrica abriram em baixa. No horário acima, a ON recuava 8,02%. Há dúvidas sobre "qual é a Eletrobras" que vai ser posta à venda. Itaipu e Furnas não deverão entrar no pacote de privatização. "Não duvido que Furnas e Chesf Companhia Hidro Elétrica de São Francisco fiquem de fora também", afirmou um operador do mercado de ações.
Do noticiário doméstico, o destaque é a discussão, neste momento, da Medida Provisória 777, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP). A sessão tem um embate entre governistas, como Romero Jucá e José Serra. "O governo assumir que TJLP é subsídio poderá causar perdas numerosas na OMC", afirmou o senador tucano
O dólar segue em queda no período da manhã em linha com o enfraquecimento da moeda no exterior. O Dollar Index (DXY) perde valor após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar, na terça à noite, de que poderia "fechar o governo", ou seja, não aprovar o Orçamento que deve ser proposto pelo Congresso.
Trump realizou a ameaça, em comício em Phoenix, pois pressiona o Congresso para aprovar um Orçamento que incluía o financiamento para a construção de um muro na fronteira com o México. A Casa tem até o dia 30 de setembro para propor um Orçamento, e sua não aprovação pode "fechar o governo", termo usado nos EUA.
Juros futuros
Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, citou, em discurso nesta quarta em Brasília, a curva de juros futuros. Ele voltou a citar que a curva subiu durante a crise política de maio, mas já voltou a cair. "Os juros ainda são altos, mas o importante é trabalharmos para que a trajetória seja de queda", completou.
Meirelles também afirmou que o comportamento da inflação dá margem para que o Banco Central continue baixando a taxa de juros Selic. "Estamos estabilizando a economia brasileira de forma consistente e sustentável", avaliou.