A fila do desemprego no País contava com 13,326 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na manhã desta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O resultado significa que há mais 1,480 milhão de desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 12,5%. Por outro lado, o total de ocupados aumentou 0,2% no período de um ano, o equivalente à criação de 190 mil postos de trabalho.
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Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,6% no trimestre encerrado em julho de 2016 para 12,8% no trimestre até julho de 2017. Em julho, o País tinha 350 mil brasileiros a mais na inatividade, em relação ao patamar de um ano antes. O aumento na população que está fora da força de trabalho foi de 0,5% no trimestre encerrado em julho ante o mesmo período de 2016.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,8% no trimestre até julho.
Segundo os dados, a nova queda foi influenciada pelas atividades no mercado informal e não representam aumento da postos de trabalho com carteira assinada.
Taxa menor
A taxa de desemprego de 12,8% registrada no País no trimestre encerrado em julho foi a menor desde o trimestre encerrado em janeiro, quando estava em 12,6%. O País ganhou 1,439 milhão de postos de trabalho em um trimestre, ao mesmo tempo em que 721 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados.
"Sem dúvida você tem uma recuperação do mercado de trabalho, mas uma recuperação sobre uma plataforma informal", explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No trimestre até julho, o mercado de trabalho gerou 54 mil vagas com carteira assinada em relação ao trimestre anterior. O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado cresceu em 468 mil pessoas, e outros 351 mil indivíduos aderiram ao trabalho por conta própria.
SETORES
A indústria criou 425 mil postos de trabalho em um trimestre, o equivalente a um aumento de 3,7% no total de ocupados no setor. Outros setores que contrataram no período foram comércio, com 226 mil funcionários a mais; transporte, armazenagem e correio, com mais 82 mil; alojamento e alimentação, mais 97 mil; administração pública, defesa, seguridade social, educação e saúde, mais 592 mil novas contratações; e outros serviços, com a geração de 175 mil novos postos.
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o setor público foi responsável por um terço das vagas geradas em um trimestre. Após período de ajuste, os novos governos municipais fizeram contratações nas Prefeituras. "Já são os prefeitos novos contratando pessoas para as prefeituras", afirmou Azeredo.