O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (1º) que a retomada da atividade econômica irá se fortalecer nos próximos meses. “Entraremos em 2018 num ritmo forte e constante. Continuaremos a trabalhar para garantir que essa expansão seja longa e duradoura, gerando emprego e renda para os brasileiros”, afirmou, em nota, para comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país.
Leia Também
- Meirelles diz que expectativa é de crescimento ao redor de 3% em 2018
- Meirelles: aprovação da TLP é relevante para modernização da economia
- Meirelles: 'Há emenda propondo adiamento do Refis para 31 de outubro'
- Brasil entrará no ano de 2018 crescendo acima de 3%, diz Meirelles
- Meirelles espera aprovação de reforma da Previdência ainda em 2017
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB fechou o segundo trimestre do ano com alta de 0,2% na comparação com primeiro trimestre, na série ajustada sazonalmente. Na comparação com o segundo trimestre de 2016, a variação do PIB foi de 0,3%.
Meirelles destacou que, entre abril e junho, foi registrado o segundo trimestre consecutivo de crescimento, “depois de dois anos de retração, inflação recorde e desemprego crescente”.
“As medidas que adotamos para recolocar o Brasil no caminho do crescimento sustentável começam a mostrar seus efeitos. As empresas estão voltando a contratar. A inflação baixa e a queda consistente dos juros contribuem para a retomada do consumo das famílias. O IBGE mostrou que o consumo familiar voltou a crescer depois de nove trimestres de retração”, afirmou o ministro.
Ano promissor para famílias
Para o Ministério do Planejamento, o próximo ano será "bastante promissor para o setor produtivo e para as famílias", confirmando o cenário de recuperação da economia e o fim do período recessivo.
“O principal destaque foi a retomada do consumo das famílias e do setor de serviços, resultante de medidas propostas pelo governo, de aperfeiçoamento de importantes instrumentos econômicos, como a permissão de saques das contas inativas do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], e de destravamento do crédito às famílias, como a redução dos juros do crédito consignado e do cartão de crédito”, avaliou o ministério, em nota.
“Vale dizer que, nos próximos meses, outras medidas favoráveis ao crescimento econômico deverão alcançar resultados similares, garantindo a manutenção da retomada da atividade, do emprego e da renda, de maneira sólida e sustentável.”
O ministério destacou ainda que o resultado do PIB, no segundo trimestre decorre, pelo lado da oferta, da aceleração do crescimento do setor de serviços (0,6% ante 0,2% do 1º trimestre), e, pelo lado da demanda, do aquecimento do consumo das famílias (1,4% ante 0% do 1º trimestre). “É o primeiro trimestre de crescimento efetivo do consumo das famílias após oito trimestres sucessivos de retração e um de estabilidade (no 1º trimestre de 2017)”, disse.
Para o ministério, houve “também contribuição favorável por parte da Formação Bruta de Capital Fixo [investimentos] que, a despeito de ter registrado recuo (-0,7%), confirma a trajetória de desaceleração da queda dos últimos quatro trimestres, preparando a retomada do investimento, decorrente da redução da taxa de juros real futura e do cenário mais positivo de recuperação econômica”.