O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que "não há pernas" nem condições operacionais hoje em Brasília para tocar duas reformas ao mesmo tempo, a tributária e a da Previdência. "A reforma mais urgente é a da Previdência. A tributária é o passo seguinte", disse a jornalistas após fazer palestra em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Leia Também
- Reforma da Previdência ainda divide base aliada no Congresso
- Maia diz que reforma da Previdência será votada em outubro
- Padilha: 'Reforma da Previdência será votada neste ano, sim, senhor'
- Relator da reforma tributária apresenta primeira proposta nesta terça
- Não adianta discutir reforma tributária antes da previdenciária, diz Fazenda
"Reforma da previdência e tributária é a sequência para revigorar o crescimento", disse Dyogo na palestra.
Após a apresentação na FGV, na parte de perguntas e respostas da plateia, o ministro foi questionado sobre se haverá necessidade de nova alta de imposto. Dyogo ressaltou que o governo está trabalhando para a reforma tributária. "Falar em aumentar imposto na atual conjuntura é inviável", disse ele.
RECEITAS E DESPESAS
O ministro do Planejamento afirmou ainda a jornalistas que o governo fará nesta semana uma revisão de receitas e despesas e a expectativa é que seja divulgado ainda este mês o volume de descontigenciamento que pode ocorrer. Ele disse que segue com a expectativa de que para manter o funcionamento dos órgãos público são necessários entre R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões.
Dyogo descartou que haja fechamento de órgãos do governo, como têm alertado economistas. "Acreditamos que manteremos o funcionamento regular dos órgão", disse ele, ressaltando que não há possibilidades de aumento de despesas.
O ministro ressaltou ainda aos jornalistas que o Brasil está em processo de recuperação e mesmo assim está gerando empregos, processo que tende a ocorrer quando a recuperação já está em um estágio mais avançado. "A formalização da economia é permanente", disse ele.
Novamente sobre a reforma da Previdência, Dyogo Oliveira ressaltou aos jornalistas que o calendário de votação será determinado pelo Congresso. "O máximo que podemos fazer é prestar toda informação, todo apoio que os parlamentares necessitam."