DUAS CARAS

PF desarticula esquema criminoso contra a Caixa Econômica Federal

Os mandados estão sendo cumpridos nos estados do Paraná, Santa Catarina e Paraíba

JC Online
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Publicado em 15/09/2017 às 6:58
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Os mandados estão sendo cumpridos nos estados do Paraná, Santa Catarina e Paraíba - FOTO: Foto: Agência Brasil
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A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que visa desarticular grupo suspeito de crimes contra a Caixa Econômica Federal (CEF) nos estados do Paraná, Santa Catarina e Paraíba, na manhã desta sexta-feira (15). A organização é suspeita de furto qualificado, estelionato qualificado, peculato, uso de documento falso, falsificação de documento público e associação criminosa.

Intitulada de "Duas Caras", a ação mobilizou 150 agentes e estão sendo cumpridos 56 mandados de justiça. Vinte e três deles são de busca e apreensão, seis de prisão preventiva, sete de prisão temporária, seis mandados de sequestro de bens e um de suspensão do exercício da função pública por equiparação.

Durante a investigação, foi identificado que o grupo contava com atuação ativa de um funcionário da própria CEF. Ele seria responsável por pesquisar e identificar contas poupança de clientes do banco com grandes saldos e que não apresentava histórico de retiradas, repassando os dados dos clientes ao líder do grupo criminoso suspeito. Com os dados dos clientes em mãos, o líder do grupo solicitava a elaboração de documentos falsos, complementando os demais dados necessários com outros participantes do grupo, que geralmente possuíam acesso a banco de dados, em razão de suas profissões.

Os investigados entravam em contato com a central de cartões da Caixa e, se passando pelos clientes, informavam a “falsa” perda do cartão bancário, fato que gerava um novo envio de cartão. Os cartões eram retirados nos centros de distribuição dos Correios com uso de documentos falsos, e se iniciava a série de saques nos caixas eletrônicos, compras na modalidade débito e saques e transferências na boca do caixa, até que o dinheiro nas contas se esgotasse ou que o crime fosse descoberto.

Duas Caras

A operação foi nomeada em referência a atuação do funcionário da Caixa investigado, que “age de um jeito ou de outro dependendo com quem está”, o que torna a pessoa conhecida por ser "duas caras". Uma entrevista coletiva será realizada nesta manhã no auditório da Superintendência Regional da PF em Curitiba, no Paraná.

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