CUSTOS

Dieese: salário mínimo ideal seria de R$ 3.668

Estimativa é equivalente ao preço das cestas básicas em 21 capitais do Brasil

JC Online
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Publicado em 04/10/2017 às 14:55
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Mesmo com a queda do preço das cestas básicas em 20 das 21 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), em setembro deste ano, o valor ideal do salário mínimo para manutenção de uma família com quatro pessoas ainda supera, e muito, o valor atualmente pago. Com base na cesta mais cara, que este mês foi a de Porto Alegre, o Dieese estipulou que o salário mínimo deveria equivaler a R$ 3.668,55, ou 3,92 vezes o mínimo de R$ 937.

Na pesquisa mensal do valor das cestas básicas, Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 436,68), seguida por São Paulo (R$ 421,02) e Florianópolis (R$ 419,17). Os menores valores médios foram observados em capitais do Nordeste,
Salvador (R$ 318,52), Natal (R$ 323,90) e Recife (R$ 328,63). Em 12 meses, o valor da cesta apresentou redução em todas as cidades pesquisadas.

A comparação dos valores das cestas básicas com o ideal que deveria ser pago como mínimo segue a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, por isso o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em agosto de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.744,83, ou 4,00 vezes o mínimo vigente. Em setembro de
2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 4.013, 08 ou 4,56 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880, 00.

Em setembro/17, a Cesta Básica do Recife apresentou a quarta retração consecutiva no ano, 3,50%, passando de R$ 340,54 para R$328,63, declínio de R$ 11,91. O custo da cesta no mês em estudo comprometeu 38,12% do salário mínimo líquido só
com alimentação. A média nacional deste mesmo indicador foi de 42,75%. Em setembro de 2016 o conjunto de alimentos básicos comprometia 46,39% do salário mínimo, já descontados os valores da previdência social.


Itens

Entre agosto e setembro, houve predominância de queda nos preços dos produtos da cesta, com destaque para: farinha de mandioca, pesquisada no Norte e Nordeste; batata, coletada na região Centro-Sul; tomate, feijão, açúcar e café em pó.

A batata apresentou diminuição de preço em nove das 11 cidades onde é pesquisada. Em Florianópolis, não houve elevação de preço e em Campo Grande, o valor médio aumentou 2,26%. As quedas mais expressivas ocorreram em Belo Horizonte (-20,51%) e Porto Alegre (-12,40%).

O preço do feijão caiu em todas as cidades. O do tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, teve quedas que variaram entre -21,15%, em Salvador, e -3,84%, em Manaus.

O preço do tomate diminuiu em 20 cidades e os percentuais oscilaram entre -31,42%, em Brasília, e -4,00%, em Manaus. O preço do açúcar diminuiu em 19 cidades.

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