Operação Bullish

'Decisão é surreal', diz advogado sobre confisco de bens dos Batista

O advogado Ticiano Figueiredo, que defende os Batista, afirmou que a decisão do juiz Ricardo Leite de confiscar os bens da família é 'surreal'.

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Publicado em 06/10/2017 às 14:44
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O advogado Ticiano Figueiredo, que defende os Batista, afirmou que a decisão do juiz Ricardo Leite de confiscar os bens da família é 'surreal'. - FOTO: Foto: AFP
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O advogado Ticiano Figueiredo, que defende a família Batista dentro dos processo relacionados à Operação Bullish, afirmou que a decisão do juiz Ricardo Leite de confiscar os bens da família Batista é "surreal".

Segundo ele, o juiz baseou-se em relatos da mídia para declarar rescindido o acordo de leniência dos irmãos Batista. No entanto, segundo Figueiredo, o acordo encontra-se "plenamente em vigor", de acordo com uma decisão da mesma vara.

Figueiredo, que também já defendeu o ex-deputado Eduardo Cunha, afirmou ainda que o primeiro passo da defesa será entrar com uma petição comunicando o desembargador Olindo Menezes do descumprimento de sua decisão, que liberou os bens dos Batistas.

"Essa será nossa primeira medida", disse o advogado. No entanto, o escritório também pretende elaborar um recurso para derrubar a decisão de Leite.

Em julho, o juiz Ricardo Leite havia vetado a venda de operações da JBS no Uruguai, no Paraguai e na Argentina para o rival Minerva. A decisão foi posteriormente derrubada por Menezes.

Nesta sexta-feira, 6, a Justiça Federal decretou o bloqueio de bens e valores de toda a família Batista, da JBS - grupo que mergulhou o governo Michel Temer em sua pior crise política.

A decisão foi tomada pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, na Operação Bullish - investigação sobre suposto favorecimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas da família Batista.

O confisco ordenado por Ricardo Leite alcança cerca de 20 empresas do grupo e pessoas físicas, inclusive seus principais acionistas, os irmãos Joesley e Wesley Batista, atualmente presos na sede da Polícia Federal em São Paulo, na zona oeste da capital paulista.

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