O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) prorrogou de março para junho do próximo ano o prazo limite para a análise do processo de venda da PetroquímicaSuape (PQS) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), ambas da Petrobras. A extensão do prazo foi feita através de uma declaração de complexidade, alegando a necessidade da realização de mais tempo para a elaboração de estudo dos impactos da transação sobre a concorrência e sobre a estatal e a interessada na compra, a mexicana Alpek.
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A multinacional é a maior fabricante de poliéster da América Latina e conta com mais de 20 fábricas em seis países. A transação foi negociada em U$ 385 milhões (equivalente a R$ 1,26 bilhão na época do fechamento da venda, em dezembro do ano passado). O polo químico-têxtil, no entanto, custou à Petrobras R$ 9 bilhões e a previsão era de que o retorno desse investimento fosse sentido pela estatal em 2012, o que nunca aconteceu.
» Reportagem especial: Documento Suape 2015
DESINVESTIMENTO
A venda das duas plantas se configura dentro dos ativos previstos no programa de desinvestimentos da Petrobras para o biênio 2017-2018, na tentativa de recompor as contas da empresa. Para o Estado, a concretização da venda significa a possibilidade do pleno funcionamento do parque industrial com capacidade de gerar receita e empregos locais.