Banco Central Europeu

Mari Draghi diz que BCE deve ser persistente em política monetária

Presidente do Banco Central Europeu (BCE) fez avaliação positiva da perspectiva econômica da zona do euro, mas disse que inflação no bloco continua fraca

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Publicado em 14/10/2017 às 18:27
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Presidente do Banco Central Europeu (BCE) fez avaliação positiva da perspectiva econômica da zona do euro, mas disse que inflação no bloco continua fraca - FOTO: AFP
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O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mari Draghi, declarou neste sábado (14) que a instituição precisa ser paciente e persistente diante da fraca inflação da zona do euro. "Vai levar tempo", disse Draghi. "Temos de ser persistentes em nossa política monetária". Draghi falou durante o evento do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, realizado em Washington, Estados Unidos. 

O presidente do BCE fez avaliação positiva da perspectiva econômica das 19 nações da zona do euro, mas ponderou que a inflação no bloco continua fraca, talvez em virtude do baixo crescimento dos salários. Este cenário, disse Draghi, exige que o banco seja paciente. 

O programa de compra de títulos do BCE, conhecido como flexibilização quantitativa (QE, na sigla em inglês) e que movimenta em torno 60 bilhões de euros por mês, deve expirar em dezembro. Autoridades do banco devem anunciar planos para reduzi-lo no próximo ano, após encontro previsto para o dia 26 deste mês, apesar de Draghi ter sugerido que a decisão poderia ser adiada.

Inflação 

Economistas têm tentado explicar por que a inflação permanece baixa em diversas economias desenvolvidas, apesar do baixo nível de desemprego. Uma das razões apontadas por Draghi é o baixo crescimento da produtividade. Outra possibilidade é de as pessoas estarem trabalhando menos horas do que gostariam, mesmo não sendo consideradas desempregadas. Os trabalhadores do bloco também podem estar mais focados em garantir a segurança em seus empregos do que em pressionar por maiores salários. 

Independentemente do motivo, disse Draghi, o BCE acredita que os salários vão subir à medida que o mercado de trabalho se fortalecer. O presidente do BCE disse ainda que mesmo que a economia fraca tenha sido causada por tendências de longo prazo, como globalização e envelhecimento da população, "isso não levará (a instituição) a mudar sua política". 

 

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