O aumento da arrecadação neste ano não significa que haverá aumento de despesas, uma vez que há um teto de gastos a ser cumprido, disse nesta sexta-feira, 20, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em seu perfil no Twitter. Segundo ele, a melhora nas receitas do governo "poderá ajudar na redução mais rápida do déficit".
Como mostrou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na última quarta-feira, o governo deve aproveitar a maior entrada de dinheiro em caixa para pagar, ainda este ano, parte das despesas que seriam postergadas para 2018.
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Isso porque ainda há espaço dentro do teto para ampliar os gastos - neste momento, a maior restrição é a necessidade de cumprir a meta de resultado primário, que já precisou ser afrouxada para um déficit de até R$ 159 bilhões.
No Twitter, o ministro disse que a segunda alta real seguida na arrecadação em setembro "é resultado da recuperação da atividade, disseminada nos diversos setores da economia".
"Só em setembro, o aumento descontado a inflação foi de 8,66%. De janeiro a setembro, o desempenho da arrecadação foi o melhor dos últimos anos", disse Meirelles. "Mais confiantes de que a economia seguirá melhorando, as famílias reduziram endividamento e retomaram gastos, em especial em bens duráveis", acrescentou.