A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 6,4% em outubro, um recuo de 0,3 ponto porcentual em relação ao resultado de 6,7% registrado em setembro, informou nesta terça-feira (24) a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. No mesmo período no ano passado, o indicador teve uma queda de 2,7 pontos porcentuais.
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"A expectativa de inflação dos consumidores voltou a cair. Tal fato era esperado, na medida em que a inflação efetiva acumulada e a inflação esperada pelo mercado continuam em queda", avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em outubro, houve forte aumento da frequência de respostas abaixo do limite inferior da meta do Banco Central: a parcela dos que projetaram inflação abaixo de 3% saltou de 10,7% em setembro para 16,5% em outubro. Ao mesmo tempo, a proporção de consumidores projetando inflação abaixo da meta de 4,5% cresceu de 32,6% para 38,6% do total.
A inflação mediana esperada pelos consumidores recuou em três das quatro faixas de renda. O principal impacto para a redução do indicador em outubro foi das avaliações das famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, cuja expectativa diminuiu 1,1 ponto em relação a setembro. Os consumidores de menor poder aquisitivo, com renda familiar até R$ 2.100 mensais, elevaram suas projeções para a inflação de 8,2% em setembro para 8,4% em outubro.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.