Os aumentos na energia elétrica e no gás de botijão responderam por 0,17 ponto porcentual da inflação de 0,42% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A tarifa de energia elétrica subiu 3,28% em outubro, o item de maior impacto sobre o IPCA do mês, o equivalente a 0,11 ponto porcentual.
Em outubro a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com uma cobrança adicional de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos, substituiu a bandeira amarela vigente em setembro, que previa um adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos.
"Energia elétrica teve reajuste de tarifa também", lembrou Fernando Gonçalves, gerente da Coordenação de Índices de Preços do IBGE.
Em Goiânia, houve reajuste médio de 15,70% nas tarifas a partir de 22 de outubro e aumento na alíquota do PIS/Cofins. A energia também foi reajustada em 6,84% em Brasília, em 22 de outubro, e em 22,59% em uma das empresas de São Paulo, a partir de 23 de outubro.
Manutenção da bandeira vermelha
Gonçalves ressaltou ainda que a energia elétrica vai continuar pressionando o IPCA em novembro, com a manutenção da bandeira vermelha em patamar 2, mas um reajuste na cobrança adicional, que passa de R$ 3,50 para R$ 5,00 a cada 100 Kwh consumidos.
"E os reajustes nas três regiões foram na última semana de outubro, então (o IPCA de) novembro vai pegar uma parte maior, o impacto mais completo", completou Gonçalves.
Já o gás de botijão ficou 4,49% mais caro, a segunda maior contribuição para a inflação, 0,06 ponto porcentual. A alta é reflexo do reajuste médio de 12,90% no gás de cozinha de botijões de 13 kg nas refinarias, em vigor desde 11 de outubro.
O gás de botijão já acumula no ano de 2017 um aumento de 61,96% nas refinarias, o que provocou uma elevação de 12,98% no preço ao consumidor no período.
Os gastos com o grupo Habitação subiram 1,33% em outubro, um impacto equivalente a metade do IPCA do mês, 0,21 ponto porcentual.