Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2017 e 2018. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, (13), que a mediana das previsões para a Selic este ano permaneceu em 7,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. O levantamento indicou ainda que a mediana das projeções dos economistas para a Selic no fim de 2018 seguiu em 7,00% ao ano, igual a um mês atrás.
Na última sexta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de outubro subiu 0,42%. A taxa ficou perto do piso das estimativas dos analistas (de 0,40% a 0,55%, com mediana de 0,48%). No ano, a inflação acumulada é de 2,21% e, nos 12 meses até outubro, de 2,70%. Em 25 de outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) havia reduzido a Selic em 0,75 ponto porcentual, de 8,25% para 7,50% ao ano. No comunicado e na ata que acompanharam a decisão, o colegiado sinalizou a intenção de aplicar um corte ainda menor em dezembro - provavelmente de 0,50 ponto porcentual, na visão de boa parte do mercado.
SELIC
No Focus agora divulgado, a Selic média de 2017 seguiu em 9,84% ao ano. Há um mês, a mediana da taxa média projetada era a mesma No caso de 2018, a Selic média foi de 6,84% para 6,88%, ante 7,00% de quatro semanas atrás. Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a taxa básica terminará 2017 em 7,00% ao ano, mesmo patamar projetado há uma semana e há um mês. Para 2018, a expectativa é de 6,50%, o mesmo porcentual projetado uma semana antes. Há um mês, a projeção era de 7,00% ao ano.
Os economistas do Focus projetam um retorno da Selic para o patamar de 8,00% ao ano em abril de 2019. O porcentual consta da abertura dos dados do relatório. Atualmente em 7,50% ao ano, a Selic cairia para 7,00% em dezembro de 2017, conforme as projeções. Depois, ainda cederia para 6,75% em fevereiro do próximo ano, permanecendo neste patamar até novembro, quando voltaria a subir, para 7,00% ao ano Em fevereiro de 2019, conforme as projeções do mercado, a taxa avançaria para 7,50% e, em abril, para 8,00% ao ano.
No fim de outubro, o Copom sinalizou a intenção de reduzir o ritmo de corte da taxa no encontro de dezembro. Ao mesmo tempo, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, pontuou recentemente que o crescimento econômico registrado nos Estados Unidos, na Europa e no Japão vai trazer riscos aos países periféricos. A avaliação é de que, em algum momento, a alta de preços se tornará inevitável, o que normalmente vem acompanhado de normalização da taxa de juros nas economias centrais, com impactos para o Brasil.