O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, avaliou nessa quarta-feira, 20, que o contingenciamento no orçamento de 2018 poderia ser menor, caso a reforma da Previdência já tivesse sido aprovada. Segundo ele, neste cenário, a economia cresceria mais de 3% no próximo ano, o que significaria também uma arrecadação maior para o governo.
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"O cenário da economia para 2018 pode ser brilhante com a aprovação da reforma da Previdência. Por outro lado, a não aprovação de reforma colocará uma grande interrogação em 2018 e uma muito maior nos anos seguintes", afirmou.
Segundo ele, o impacto da aprovação ou não da reforma seria muito maior nos próximos anos. "O crescimento para 2018 está razoavelmente definido, a questão que se põe é para o futuro. Nosso grande desafio como nação é o reequilíbrio das contas públicas", acrescentou.
Oliveira voltou a dizer que o governo gasta mais de 50% do orçamento com a Previdência e apenas 3% com investimentos em infraestrutura.
"Temos déficits fiscais elevadíssimos e emitimos dívida para pagar a Previdência. Isso não pode continuar indefinidamente. A reforma da Previdência permitirá a governo ter recursos para investir no País", completou.
Na avaliação do ministro
O País sair de uma "recessão brutal" e crescer 3% em 2018 já é um "feito admirável", segundo ministro. "Mas a continuidade do processo de melhora está condicionada à aprovação de reformas", concluiu, lembrando que, após a Previdência, o governo tentará votar a reforma tributária.