INDÚSTRIA

Anfavea diz esperar que Rota 2030 seja finalizado em fevereiro

O Rota 2030, política voltada ao setor automobilístico, deveria estar pronto desde o ano passado

Estadão Conteúdo
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Publicado em 05/01/2018 às 14:14
Foto: Bernardo Soares/Acervo JC
O Rota 2030, política voltada ao setor automobilístico, deveria estar pronto desde o ano passado - FOTO: Foto: Bernardo Soares/Acervo JC
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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou nesta sexta-feira (5) que espera que a nova política setorial para a indústria automobilística, batizada de Rota 2030, seja finalizada em fevereiro, conforme prometido pelo governo. "O presidente Michel Temer nos disse isso pessoalmente", disse o executivo, em coletiva de imprensa que apresentou o balanço do setor em 2017.

O Rota 2030 deveria ter ficado pronto já no ano passado, para entrar em vigor no início de 2018, em substituição ao Inovar Auto, política que expirou em 31 de dezembro de 2017 e era conhecida por dar incentivos fiscais às montadoras que investissem no Brasil. O Rota 2030 ainda não foi finalizado porque o Ministério da Fazenda tem colocado obstáculos a propostas das montadoras, principalmente no que se refere a incentivos para investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Enquanto o Rota 2030 não entra em vigor, o setor ficará os primeiros meses de 2018 sem um regime. Com isso, as alíquotas de impostos voltam ao normal. Isso deve estimular as importações de veículos, porque, no período do Inovar Auto, as alíquotas para importados eram 30 pontos porcentuais maiores do que para os nacionais, sobretaxa que só era aplicada caso as empresas importadoras ultrapassarem uma cota.

"Esperamos que a participação dos importados no mercado total brasileiro cresça de 10% para 15% em 2018", prevê Megale.

O executivo negou que a saída de Marcos Pereira no comando do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), pasta que lidera as discussões do Rota 2030, atrapalhe o programa, embora tenha reconhecido que Pereira é um "grande defensor" da nova política setorial. "Ele saiu, mas a equipe foi mantida", explicou.

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