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INSS e Fiesp fazem acordo de reabilitação de trabalhadores afastados

O objetivo da parceria é otimizar o processo de reabilitação profissional dos segurados incapacitados para o trabalho e afastados pelo INSS

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Publicado em 29/01/2018 às 18:59
Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem
O objetivo da parceria é otimizar o processo de reabilitação profissional dos segurados incapacitados para o trabalho e afastados pelo INSS - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem
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Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) incapacitados para o trabalho e afastados pelo instituto têm uma nova oportunidade de serem inseridos na indústria paulista. Uma parceria entre Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o INSS, promoverá a reabilitação dos segurados por meio de 500 bolsas de estudo integral em qualificação profissional em diversas áreas tecnológicas.

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Francisco Paulo Soares Lopes, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o diretor do Departamento de Ação Regional da Fiesp, Sylvio de Barros, assinaram nesta segunda-feira (29) o aditivo do acordo de cooperação técnica em reabilitação profissional, na sede da Fiesp, na capital paulista. “Assinamos hoje um novo acordo ampliando o projeto e esperamos atender muito mais beneficiários do que atendemos na primeira fase”, disse o presidente do INSS, Francisco Paulo Soares Lopes.

O diretor da Fiesp, Sylvio de Barros, ressaltou que a reabilitação é importante para a dignidade do trabalhador. “São pessoas que de uma forma ou de outra estão afastadas. [Com a reinserção] elas têm um salário, passam a contribuir para o INSS, e com isso a gente vai diminuir o buraco da Previdência, e assim também [essas pessoas] passam a ter dignidade própria”.

Para Barros, além de oferecer os cursos, o esforço da Fiesp é conversar com as indústrias para contratar esses trabalhadores reabilitados. “Ao mesmo tempo estamos entrando em contato com essas indústrias para sentir se têm vaga para recontratá-los, se o curso que escolheram tem um posto de trabalho que permita que ele volte a trabalhar ativamente. Vamos trabalhar as indústrias para inserir essas pessoas no mercado de trabalho”, disse.

O objetivo da parceria é otimizar o processo de reabilitação profissional dos segurados incapacitados para o trabalho e afastados pelo INSS, promovendo redução do tempo de afastamento do segurado, com vistas ao seu retorno e permanência na vida profissional.

O INSS indica os segurados maiores de 18 anos, com ensino fundamental completo, com apresentação de autodeclaração de baixa renda e vindos de empresas contribuintes do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Senai. Após a participação no programa, o INSS certifica o segurado, que poderá ser empregado na cota de pessoas com deficiência e terá também certificação do Senai-SP.

Primeira turma

O programa foi iniciado em outubro de 2017 com a seleção dos trabalhadores. Hoje (29), a primeira turma começou as aulas. “Essa primeira parte foi um período de experiência, hoje inauguramos a primeira turma e agora queremos multiplicá-la de uma forma mais efetiva”, esclareceu Lopes.

Na primeira fase, também foram oferecidas 500 bolsas de estudo em 98 cursos de reabilitação profissional oferecidos em unidades do Senai de todo o estado. A seleção dos participantes é feita pelo INSS a partir de critérios preestabelecidos. Segundo Lopes, nesta primeira fase 23 pessoas estão inscritas para os cursos de Logística e de Expedição de Qualidade, iniciados hoje na unidade do Senai em Santo André (SP). “Foram selecionadas essas 23 pessoas iniciais e, apesar de parecer pouco, é o pontapé inicial para que nesse ano a gente amplie muito mais esse projeto”.

Para o presidente do INSS, a expectativa é que o projeto chegue a mais de mil segurados. “Temos mais de mil pessoas nessa fila e esperamos com essa parceria que essa fila zere em pouco tempo. São Paulo é um estado muito importante para que isso aconteça, é um estado gerador de riquezas e achamos que isso vai dar um resultado muito positivo”, acredita o presidente do INSS.

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