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O economista Hélio Zylberstajn, da FEA/USP, acredita que a saída para mudar o quadro de falta de oportunidade de mercado de trabalho para os jovens no Brasil é investir em ensino profissionalizante.
"O investimento em educação é uma tristeza, porque a educação que temos na cabeça é acadêmica e não investimos na profissional "
A seguir, os principais trechos da entrevista.
O sr. concorda com a constatação do Banco Mundial?
É evidente que o nosso sistema educacional compromete o crescimento da produtividade. Olhando para a oferta de trabalho o quadro é realmente esse que eles estão retratando. Para completar esse quadro temos de olhar para a demanda de trabalho também. Se o Brasil conseguir passar pelas dificuldades que temos hoje na área política, fiscal e retomarmos o vigor no investimento, principalmente em infraestrutura, vamos ter uma expansão do mercado de trabalho de vagas de baixa qualificação. Isso representaria oportunidades para esse exército de jovens pouco qualificados.
Mas como reverter essa situação para empregos mais qualificados e que aumentem a produtividade da economia?
Educação, educação e educação. Inovação, inovação e inovação. O investimento em educação é uma tristeza, porque a educação que temos na cabeça é acadêmica e não investimos na profissionalização. Países que deram certo têm um sistema básico educacional profissionalizante. Alemanha e Coreia são exemplos. Eles acoplaram o sistema educacional ao produtivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.