A indústria da construção utilizou 57% da capacidade de operação em março, deixando 43% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados, de acordo com a Sondagem Indústria da Construção divulgada hoje (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O índice da capacidade de operação em uso está um ponto percentual acima do registrado no mesmo mês de 2017, mas seis pontos percentuais abaixo da média da série histórica para o mês (iniciada em 2012), de 63% de utilização.
Na avaliação da CNI, a atividade da indústria da construção continua em queda, mas o recuo está cada vez menos intenso. O índice de evolução do nível de atividade atingiu 47,1 pontos em março, o maior valor desde novembro de 2013. Embora o índice se mantenha abaixo dos 50 pontos, o que significa que a atividade segue em queda, ele registrou crescimento de 2,6 pontos frente ao mesmo mês do ano anterior.
Entre os principais problemas apontados pelas empresas para voltar a crescer, a demanda interna insuficiente está no topo do ranking, com 34% de citações. No último trimestre de 2017, esse era o principal problema para 29,8% dos entrevistados pela pesquisa. A elevada carga tributária ficou em segundo lugar pela primeira vez após seis meses, com 32% das respostas.
A Sondagem mostra ainda que as condições financeiras das empresas pioraram no primeiro trimestre deste ano. O índice de satisfação com a margem de lucro operacional caiu para 34,4 pontos, uma redução de 2,6 pontos em relação ao registrado no quarto trimestre de 2017. O índice de satisfação com a situação financeira recuou para 39,2 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram insatisfação com o lucro e com a situação financeira.
Confiança dos empresários
A confiança dos empresários do setor diminuiu em abril 2,2 pontos em relação a março, para 54,8 pontos. Apesar do recuo, o índice segue acima dos 50 pontos, o que indica que os empresários continuam confiantes.
O índice de intenção de investimento cresceu 4,1 pontos em abril na comparação com o mês anterior, atingindo 35,2 pontos. De acordo com a CNI, este é o maior valor do indicador desde de fevereiro de 2015, indicando uma maior intenção dos empresários em investir nos próximos seis meses. Para a confederação, isso pode contribuir para uma recuperação mais intensa do setor da construção.