O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,51% em março, quando atingiu R$ 3,636 trilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. Em fevereiro, o estoque estava em R$ 3,582 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 30,23 bilhões em março. Já as emissões de papéis totalizaram R$ 77,64 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 53,69 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,47% e fechou o mês passado em R$ 3,507 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,64% maior, somando R$ 128,91 bilhões no terceiro mês do ano.
12 meses
A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 17,79% em fevereiro para 18,07% em março, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida caiu de 4,27 anos em fevereiro para 4,25 anos no mês passado.
O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,01% ao ano em fevereiro para 9,75% ao ano em março.
Prefixados
A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 34,33% em fevereiro para 35,39% em março. Já os papéis atrelados à Selic diminuíram a fatia, de 32,38% para 31,29%.
Os títulos remunerados pela inflação caíram para 29,64% do estoque da DPF em março, ante 29,66% em fevereiro. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 3,63% em fevereiro para 3,68% no mês passado.
Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2018 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 31% a 35%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 27% a 31% e, no de câmbio, de 3% a 7%.
Estrangeiros
Os estrangeiros diminuíram a participação no estoque de títulos do Tesouro Nacional em março. A fatia dos investidores não-residentes no Brasil na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu de 12,39% em outubro para 11,84% no mês passado, somando R$ 415,17 bilhões. Em fevereiro, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 428,32 bilhões.
Os fundos de investimento continuam sendo os maiores detentores de papéis do Tesouro, com a participação passando de 27,35% em fevereiro para 29,21% no mês passado. O grupo Previdência aparece na sequência, com uma fatia que passou de 24,43% para 22,80%.
A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 21,96% em fevereiro para 22,39% em março. Já as seguradoras tiveram recuo na participação de 3,88% para 3,85%.