GREVE DOS CAMINHONEIROS

Uso de Forças Armadas contra caminhoneiros é destaque no exterior

Embate entre os caminhoneiros ainda mobilizados e o governo é destacado na cobertura da imprensa internacional sobre a paralisação

Estadão Conteúdo
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Publicado em 25/05/2018 às 21:17
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Embate entre os caminhoneiros ainda mobilizados e o governo é destacado na cobertura da imprensa internacional sobre a paralisação - FOTO: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O embate entre os caminhoneiros ainda mobilizados e o governo federal é destacado na cobertura da imprensa internacional sobre a greve que interrompeu o transporte de cargas no País nesta semana. Apesar do acordo, muitos pontos nas rodovias seguem interditados, o que levou o governo a convocar as Forças Federais para garantir o desbloqueio.

O periódico norte-americano The Washington Post ressalta a posição de Temer em autorizar o uso da força para a remoção dos manifestantes ainda concentrados nas estradas. A mesma abordagem é verificada no The New York Times: "Brasil autoriza Exército a encerrar protesto de caminhoneiros". O periódico nova-iorquino ainda destaca os prejuízos que companhias do setor de alimentos estão sofrendo em decorrência da paralisação.

Na britânica BBC, a cobertura destaca a orientação da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) aos caminhoneiros em liberar as pistas, após o anúncio de Temer. "Caminhoneiros devem liberar estradas após ameaça de uso do Exército", diz a publicação.

Já o espanhol El País chama atenção ao caos provocado pela paralisação, citando o desabastecimento de combustíveis, alimentos e remédios nas principais cidades brasileiras. "A greve dos caminhoneiros ameaça a estabilidade do Brasil", aponta a reportagem.

Forças Armadas

O presidente da República, Michel Temer, anunciou nesta sexta-feira (25) que o governo irá implantar de imediato um plano de segurança para superar os efeitos do desabastecimento causado pela paralisação dos caminhoneiros.

"Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e solicito que os governadores façam o mesmo. Não vamos permitir que população fique sem itens de primeira necessidade, que consumidores fiquem sem produto, que hospitais não funcionem", afirmou Temer. "Governo teve coragem de dialogar e terá coragem agora de exercer sua autoridade diante do povo", completou.

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