MANIFESTAÇÃO DOS CAMINHONEIROS

Greve dos caminhoneiros afeta serviços de saneamento, segundo Abcon

Algumas concessionárias privadas já afirmaram que serviços operacionais que dependem de frota podem ser paralisados

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 28/05/2018 às 22:31
Foto: Felipe Ribeiro/ JC Imagem
Algumas concessionárias privadas já afirmaram que serviços operacionais que dependem de frota podem ser paralisados - FOTO: Foto: Felipe Ribeiro/ JC Imagem
Leitura:

A greve dos caminhoneiros, que entra em sua segunda semana, também respingou no setor de saneamento, afirma Santiago Crespo, presidente da Associação das Concessionárias de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), que representa grandes empresas como Aegea, BRK Ambiental e Águas do Brasil. "Mas ainda não conseguimos falar em cifras", pontua Crespo.

Caso a crise perdure, algumas concessionárias privadas já afirmaram que serviços operacionais que dependem de frota, como assistência técnica e manutenção, podem ser paralisados ou então realizados apenas para casos emergenciais.

Em nota divulgada hoje, a BRK Ambiental informou que o abastecimento de água e os serviços de esgoto em suas operações não foram impactados até o momento, mas pediu à população que tome "as medidas possíveis" para economizar água. "Os serviços de água e esgoto dependem de produtos transportados por caminhões e, apesar da existência de estoques, a imprevisibilidade sobre a retomada do sistema de transporte de cargas no país exige cautela nos próximos dias", escreve a BRK Ambiental.

O presidente da Abcon disse enxergar uma grande dificuldade do governo em administrar a crise, com idas e vindas nas promessas de desmobilização dos bloqueios das estradas. "Está sem controle", opina.

Conforme o dirigente, o problema é que, nesse meio tempo, outras agendas importantes ficam pelo meio do caminho. Em saneamento, Santiago Crespo enxerga um impacto negativo da crise sobre o projeto que altera o marco regulatório do setor, atualmente parado na Casa Civil. "Há pouca chance de isso andar neste ano", avalia, citando a Copa do Mundo e as eleições como fatores que devem atrapalhar o andamento da maioria das pautas no Congresso a partir dos próximos meses.

Últimas notícias