"Não há possibilidade de demissão de Pedro Parente". Em entrevista à Rádio Jornal nesta terça-feira (28), o ministro da Secretaria do Governo, Carlos Marun, enfatizou que a saída do presidente da Petrobras não está nos planos do Planalto. A retirada de Pedro Parente do comando da estatal é uma das reivindicações dos caminhoneiros, em paralisação nacional há nove dias, após sucessivas falhas de negociação entre o Governo e a categoria.
De acordo com Marun, que enalteceu o trabalho de Pedro Parente à frente da Petrobras, o presidente resgatou a estatal de uma crise. "Ele está agindo com competência. Pedir a saída de Parente é um proselitismo político. Ninguém ganha com isso. Ele ajudou a tirar a empresa da crise, que hoje voltou a ser pujante", explicou.
Na entrevista, o ministro voltou a defender a estatal e afirmou que uma tentativa de sujar a imagem dela é estar "vendendo o patrimônio brasileiro". "Eu vejo essa revolta (da parte dos grevistas) como uma tentativa de chacolhar a Petrobras. Com a atuação de Parente, a empresa voltou a ser desejada", reiterou. Ele argumentou que os movimentos nacionalistas que se revoltam contra a petroleira querem entregá-la à privatização.
Segundo Marun, o trabalho do Parente agora é de proteger a Petrobras. "Se ele sai para o mercado, como pessoa competente, ganha duas, três vezes mais do que ganha hoje na Petrobras", afirmou.
Demissão como acordo
O Planalto tentou negociar com os grevistas, entre a quinta-feira e esta segunda, cedendo através de acordos para baixar o preço do diesel e a isenção de alguns impostos. Após falhas entre as negociações, a categoria continua reivindicando a demissão de Pedro Parente, à frente da Petrobras, enfatizando culpa sobre a política de preços da estatal.