A relação entre os preços do etanol e os da gasolina na capital paulista diminuiu na terceira semana do mês para 60,52% na comparação com 60,97% anteriormente, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado também ficou abaixo do apurado na terceira semana de 2017, de 67,66%. Além disso, Moacir Mokem Yabiku, gerente técnico de pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, conta que o resultado é o mais baixo desde a terceira semana de 2010 (55,31%).
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
Segundo Yabiku, a desaceleração na equivalência entre os combustíveis reflete o fim dos impactos da greve dos caminhoneiros, que afetou o abastecimento e consequentemente majorou os preços. Outro fator, cita, é a boa colheita de cana-de-açúcar por aqui e a oferta favorável de açúcar no mercado internacional, que tem estimulado a produção de etanol em detrimento do produto.
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No IPC da Fipe da terceira quadrissemana do mês - últimos 30 dias terminados na segunda-feira, 23 -, as variações dos dois combustíveis ficaram negativas. O etanol ficou 5,27% mais barato, após os preços cederem 1,08% na segunda leitura. Já a gasolina apresentou queda em seu valor de 2,30% na comparação com retração de 0,13%. "Nas pesquisas de ponta recentes o etanol já está caindo mais de 8% e a gasolina, mais de 2%", adianta. No período, o grupo Transportes teve declínio de 0,38% em relação à alta de 0,09% antes.
Na terceira quadrissemana, o IPC-Fipe, por sua vez, desacelerou o ritmo de alta para 0,26%, depois de 0,37% na segunda medição.