COMÉRCIO

Comércio na expectativa para a próxima Black Friday

Sexta-feira de descontos acontece este ano em 23 de novembro com crescimento projetado de 15% em relação a 2017

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 02/10/2018 às 12:31
Foto: Divulgação/RioMar Shopping
Sexta-feira de descontos acontece este ano em 23 de novembro com crescimento projetado de 15% em relação a 2017 - FOTO: Foto: Divulgação/RioMar Shopping
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O comércio eletrônico deve crescer 15% e faturar R$ 2,43 bilhões durante a próxima Black Friday que, este ano, acontece em 23 de novembro. A estimativa é da consultoria eBit/Nielsen. O mercado trabalha com a expectativa de expansão no número de pedidos online de 6,4%, indo de 3,76 milhões para 4 milhões. O tíquete médio, valor gasto em em média por cada comprador, também deve subir cerca de 8%, passando para R$607.

A Black Friday, já é a principal data do calendário do e-commerce brasileiro. A pesquisa da empresa aponta que 88,6% dos consumidores que costumam comprar pela Internet, têm intenção de antecipar as compras do final de ano durante a Black Friday.
Em termos gerais, o e-commerce continua como o principal canal de venda durante a data. Em 2017, 52% das pessoas entrevistadas fizeram suas compras em uma loja online e 57% delas pesquisaram os produtos de interesse na internet, antes de concluir a compra. Segundo a eBit/Nielsen, os produtos mais procurados pelo consumidor na Black Friday são: eletrônicos, eletrodomésticos, smartphones, informática, moda e acessórios, cosméticos e perfumaria, casa e decoração, livros, brinquedos e games, esporte e lazer.

A Black Friday chegou ao Brasil em 2010, ainda timidamente, e cheia de desconfianças por parte dos consumidores sobre a veracidade das promoções. As críticas eram tantas que o dia do desconto chegou a ficar conhecido por “Black Fraude”, entre os brasileiros. Mas, segundo o estudo da eBit/Nielsen, a credibilidade da data é outro ponto que está crescendo ao longo dos anos. Conforme levantamento, o número de pessoas que não pretendem comprar durante a Black Friday, por não confiar que existam descontos de fato, diminuiu de 38% em 2017 para 35%. “O cenário é um reflexo de todo trabalho e repercussão positiva das últimas edições. As lojas também são fortemente impactadas por esse mérito e precisam zelar por sua reputação no mercado”, afirma Keine Monteiro.

COMÉRCIO

Para o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos, a Black Friday em Pernambuco se diferencia por ainda estar muito ligada ao comércio tradicional, de lojas. “Existe uma expectativa da população para os descontos que serão praticados no comércio do Centro do Recife e dos shoppings, principalmente, mais do que pelo comércio eletrônico”, diz Ramos. O economista admite que o Black Friday, junto como o Natal e o Dia das Mães, é uma das datas mais importantes para o comércio, embora ainda não se possa mensurar a importância da sexta-feira de descontos para o mercado local. “Tradicionalmente o segundo semestre é de boas vendas e a Black Friday só veio acrescentar movimento a este período”, diz Ramos. O economista espera que o mês de novembro contribua para reverter a queda do varejo registrada no primeiro semestre deste ano.

De janeiro a julho, o varejo mostrou uma queda de 1,6%. No mesmo período de 2017 as vendas já acumulavam alta próxima a 4,0%. “Mesmo com a perspectiva de desaceleração das vendas ainda existe uma expectativa de crescimento, pois o último trimestre do ano tem um calendário de consumo com o Dia das Crianças, Black Friday e o Natal, com forças para colocar um sinal positivo no acumulado do ano”, diz Ramos.

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