O País alcançou uma capacidade instalada de 11 mil megawatts (MW) em 240 térmicas movidas a biomassa em 2015, segundo informações divulgadas no boletim InfoMercado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Isso representou um crescimento de 6%. O bagaço da cana-de-açúcar foi a principal matéria-prima, sendo responsável por 83,7% dessa energia. Para se ter uma ideia, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) tem a capacidade instalada de 10,2 mil MW com todas as hidrelétricas que tem no Nordeste.
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O pico da geração das térmicas ocorreu em agosto último, quando foram produzidos 4.061 MW médios. Geralmente, em agosto é iniciada a safra de algumas usinas do Nordeste e está em curso a moagem do Centro-Sul, iniciada em abril e com término em novembro. O Centro-Sul é o maior produtor de cana-de açúcar no Brasil.
Os três Estados que têm a maior capacidade instalada para gerar energia a partir da biomassa são: São Paulo (com 5.112,8 MW), Mato Grosso do Sul (1.785,3 MW) e Minas Gerais (1.112,7 MW). Pernambuco é o oitavo com uma capacidade instalada de 185,5 MW. Subproduto da fabricação de celulose, o licor negro foi a segunda matéria-prima mais usada na produção dessa energia, produzindo 187 MW médios em dezembro último.
A biomassa saiu de uma participação de 7,5% da energia produzida no Brasil em 2014 para 7,6% em 2015. “Ainda não temos um leilão só de biomassa. Concorremos com as outras fontes renováveis (como eólica) e cada uma delas tem um custo específico”, diz o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco, Renato Cunha. No setor elétrico, primeiro é realizado um leilão para vender a energia e depois disso a empresa começa a gerar.