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Cuidado ao comprar pescados na última hora

Procon-PE encontrou diferença de preço de quase 150% em diferentes estabelecimentos. Dica é comparar

Do JC Online
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Publicado em 17/04/2014 às 7:00
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Procon-PE encontrou diferença de preço de quase 150% em diferentes estabelecimentos. Dica é comparar - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Quem deixou para comprar os pescados da Semana Santa na última hora precisa ficar atento para não ser lesado ou gastar além da conta. Levantamento divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Procon-PE apontou que a diferença de preço de um mesmo produto em diferentes estabelecimentos pode passar de 150%. Foram pesquisados 33 tipos de pescados, além de ingredientes que podem ser usados no preparo, como azeite, leite de coco e vinho, em 15 estabelecimentos (entre mercados públicos e supermercados) da Região Metropolitana do Recife (RMR), entre os dias 9 e 15 deste mês.

No caso dos pescados, a diferença de preço que mais saltou aos olhos foi a da tainha inteira (146,78%), cujo quilo custa R$ 17,99 no Extra da Benfica e R$ 7,29 no Deskontão da Avenida Norte. A desproporção do bacalhau do Porto chega a 95,86%, saindo o quilo por R$ 46,79 no RM Express (em Santo Amaro) e R$ 23,89 no Carrefour de Boa Viagem.

Nos artigos de mercearia, a maior dissonância constatada foi de 179,60%, referente ao leite de coco de 500 ml – R$ 6,99 no Extra da Benfica e R$ 2,50 no Mercado de São José. Realmente, o coco, matéria-prima do leite de coco, usado no preparo dos peixes e moquecas, aumentou 6,79% do ano passado para cá, segundo a Ceasa, por causa da seca.

A orientação do Procon-PE é a de praxe (mas que muita gente ainda não pratica): pesquisa de preço. “Fazemos o levantamento para ajudar, mas é importante que o consumidor faça seu próprio levantamento”, lembra o coordenador-geral do Procon-PE, José Rangel.

No final do ano passado, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) aferiu valores em diversos supermercados do País e confirmou duas coisas: há grandes diferenças entre alguns estabelecimentos e que, com pesquisa, é possível comprar itens até mais baratos do que em 2013.

A funcionária pública Socorro Ferreira, de 55 anos, tem o hábito de comparar, ainda mais em épocas em que os valores de alguns produtos sobem, como os pescados na Páscoa. Ontem, ela estava no Mercado de São José, no Centro do Recife. Foi onde encontrou o peixe que queria mais em conta. “Está tudo muito caro. Gosto do mercado também, porque é mais fresquinho e posso pechinchar com os vendedores. Além disso, fiquei assustada com a interdição dos supermercados”, conta.

Nesta quarta-feira (16), o movimento era intenso por lá, mas comerciantes avaliam que o fluxo está menor do que nos anos anteriores. A expectativa é que a procura aumente hoje.

Segundo a Prefeitura do Recife, amanhã (18) e no domingo (20), os mercados públicos funcionarão das 6h às 13h. No sábado (19), o horário é entre 6h e 18h. Esta semana, técnicos do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE) fizeram fiscalizações nas balanças e não foram identificadas irregularidades.

As interdições recentes revelaram a negligência de alguns supermercados com a qualidade dos produtos comercializados. Foram constatados itens colocados para venda com prazo de validade vencido e condições de armazenamento inapropriadas. Para escolher pescados, a dica do coordenador-geral do Procon-PE é analisar o aspecto do produto. Se estiver descamando ou com manchas, por exemplo, é um mau sinal. Além disso, os peixes fresquinhos têm olhos brilhantes.

Veja a pesquisa completa do Procon-PE:

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