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Boa Vista, Santo Antônio e São José são integrados ao Porto Digital

Empresas de TIC e economia criativa que se instalarem nos bairros receberão os benefícios fiscais e incentivos do parque tecnológico

Renato Mota
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Renato Mota
Publicado em 08/10/2015 às 13:50
Foto: Andrea Rego Barros/Prefeitura do Recife
Empresas de TIC e economia criativa que se instalarem nos bairros receberão os benefícios fiscais e incentivos do parque tecnológico - FOTO: Foto: Andrea Rego Barros/Prefeitura do Recife
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Por falta de espaço imobiliário no Bairro do Recife, a cidade pode ter perdido entre 2,5 mil e 3 mil empregos qualificados. São os cálculos do Porto Digital, parque tecnológico pernambucano que ontem, através da sanção de uma lei da prefeitura, poderá se expandir para os bairros da Boa Vista, São José e Santo Antônio, além das áreas que já ocupa no bairro histórico e em Santo Amaro. “Esse é um número real, não se tratam de iniciativas vagas. Recebemos executivos de grandes empresas que, ao se depararem com a situação, foram para outras cidades”, conta o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya. 

A sanção da nova lei, que altera Lei n.º 17.244, de 27 de julho de 2006 – que institui o programa de incentivo ao Porto Digital mediante uma redução de 5% para 2% da alíquota do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) – aconteceu na manhã de ontem, no edifício-sede da PCR. Na ocasião, o prefeito Geraldo Julio destacou o papel da tecnologia e da inovação na estratégia de crescimento da cidade. “O Recife vê Pernambuco e o Nordeste mudarem o perfil da sua economia com a chegada de muitas indústrias, mas mantém sua visão estratégica de desenvolvimento focado na prestação de serviços modernos, que serão a grande alavanca de oportunidades no futuro”, acredita o prefeito.

A formalização da expansão do Porto Digital é mais uma etapa de um processo que começou há quase um ano, quando o governo do Estado cedeu dois imóveis localizados no bairro de Santo Antônio: a sede histórica do Diário de Pernambuco (comprada pelo governo há 11 anos) e o antigo Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas). “Acredito que a iniciativa de expandir o Porto Digital não apenas atende a necessidade de garantir espaço para que mais empresas de tecnologia e economia criativa se instalem no parque, como poderemos, a partir da expertise que adquirimos ao longo de 15 anos, contribuir com a requalificação daquele pedaço da cidade”, avalia Saboya.

Pelas contas do Porto Digital, cerca de 137 mil metros quadrados de imóveis históricos já foram, ou estão sendo, objeto de restauração no Bairro do Recife. “Esse é um número extremamente relevante, pois trata-se do patrimônio histórico e arquitetônico da cidade, não só da empresa que está instalada lá”, afirma o presidente do parque. O Porto Digital ainda abriga 250 empresas, entre elas, três incubadoras (Cais do Porto, Portomídia e Cesar), duas instituições de ensino e quatro entidades empresariais. São cerca de 7.100 empregos diretos, com faturamento anual de R$ 1 bilhão.

Com a mudança na lei, ainda foi criada uma Zona Preferencial de expansão, formada por toda a extensão da Av. Conde da Boa Vista, que não faz parte do Porto Digital, mas poderá abrigar unidades operacionais das empresas filiadas ao parque - e também receber os mesmos benefícios fiscais - caso o somatório dos seus empregados não ultrapasse 50% do quadro total da empresa. A nova lei também inclui a educação a distância às atividades contempladas. “Isso permitirá que empresas da economia criativa que já estão instaladas na região, possam fazer parte do Porto Digital”, completa Saboya.


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