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Setor de Tecnologia da Informação se diferencia pela empregabilidade

Indústria de TI se destaca pela oferta de trabalho e pela demanda de profissionais, mas exige agilidade e capacidade de adaptação

Da editoria de economia
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Publicado em 06/12/2015 às 7:18
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Indústria de TI se destaca pela oferta de trabalho e pela demanda de profissionais, mas exige agilidade e capacidade de adaptação - FOTO: Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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Por lidar com inovação e soluções que buscam incrementar a renda de seus clientes, ao mesmo tempo que diminui custos, o setor de Tecnologia da Informação costuma ir na contramão da crise e apresentar números melhores que os de outros segmentos da economia. Este ano não será diferente. Enquanto o País amarga recessão, TI deve crescer 7,4% – e ainda possui uma grande demanda por mão de obra especializada. 

“É uma indústria diferenciada, que quase sempre cresce acima do PIB”, avalia o diretor-executivo da Neurotech, Domingos Monteiro. “Obviamente, como acontece com toda economia, também é afetada pela crise e pode sofrer reduções nos seus quadros, mas é algo pontual. O potencial de recuperação do setor, por outro lado, é muito maior por conta das oportunidades que surgem”, completa o executivo.

O que diferencia quem opta por fazer um curso de graduação na área de tecnologia é o potencial de empregabilidade – as chances de conseguir um trabalho logo ao fim dos estudos ou até mesmo antes disso. “O perfil de desenvolvedor é o mais valorizado. Dentro dele, escolher que linguagem de programação se especializar é subsidiário. Tanto que um dia desses vi uma empresa convocando profissionais que conhecessem Cobol, uma linguagem que eu usava quando comecei, lá nos anos 1980”, afirma o diretor do SoftexRecife, Alcides Pires. 

Saber transitar bem entre as diversas especialidades da área é uma das chaves para o sucesso na indústria de TI. “É importante ficar ligado nas convenções de desenvolvimento e nos novos modelos de maturidade. Você pode se tornar ‘fluente’ numa linguagem de programação, mas deve ser dinâmico o suficiente para atender às rotinas de programação da empresa em que está trabalhando, que nem sempre são iguais”, afirma Pires. A oportunidade de empreender é também um diferencial do profissional de sistemas de informação, na opinião do diretor da Neurotech. “É uma característica que é muito estimulada no setor. A própria Neurotech começou incubada do Cesar (Centro de Estudos Avançados do Recife)”, lembra Monteiro.

Para os próximos anos, especializar-se em áreas como computação em nuvem, banco de dados, inteligência artificial e análise de big data são tendência. “É onde as empresas estão focando o desenvolvimento das soluções, criando aplicativos para usar esse universo de informações que são gerados o tempo todo”, conta o diretor de Recursos Humanos da SAP, Marcelo Carvalho. 

Apesar de reforçar o valor da experiência para os profissionais do setor, Carvalho afirma que as empresas também investem bastante em quem está chegando ao mercado agora. “A nova geração passou a vida na Era Digital. Essa vivência vai ajudar a desenvolver as soluções do futuro”, completa.

GAMES - Dentro da indústria da Tecnologia da Informação, existe um setor que, apesar de compartilhar algumas das técnicas tradicionais de desenvolvimento de software, apresentam um desafio totalmente diferente. Ou melhor, falando a língua dos seus adeptos, é jogar no modo “hard”.

O desenvolvimento de jogos digitais possui linguagens tão específicas que tornam a atividade uma especialidade totalmente diferente do que a construção de aplicativos e soluções. “Criar games envolve ainda outras áreas, como entretenimento e design, que possuem particularidades que não são compartilhadas em outras áreas da TI”, explica o diretor do SoftexRecife, Alcides Pires.

Ao mesmo tempo em que é desafiadora, a criação de jogos digitais também é inovadora e vanguardista em muitos conceitos tecnológicos. “Tanto que muitas aplicações ‘sérias’, com objetivos que não são entretenimento, acabam portando técnicas de jogos ficarem mais atrativas”, conta Pires. Esse conceito é chamado de “gameficação”, uma palavra que entrou na moda e na cabeça de muitos profissionais. “É uma tendência mundial que cabe em todo e qualquer cenário. São aplicações que à primeira vista não parecem jogos, mas utilizam a mesma técnica para atrair os usuários”, afirma o diretor de negócios da Joystreet, Diego Garcez.

Ser um desenvolvedor de jogos envolve uma série de competências que vão além do conhecimento tecnológico. “O profissional que consegue ‘gameficar’ outras áreas é um profissional muito requisitado. É preciso dialogar com muita coesão com pessoas de áreas muito diversas e formar-se em um curso de jogos digitais é um bom ponto de partida. Entender de design de jogos e usabilidade de usuário é um diferencial grande no mercado”, avalia o executivo da Joystreet. 


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