O Airbnb - mercado de hospedagem alternativa em residências - está incrementando a renda de profissionais no Brasil. Fundado em 2008 no Estados Unidos, o sistema foi criado para suprir a necessidade de hospedaria para além da oferta oficial. As Olimpíadas 2016, que se encerram hoje no Rio, exemplificam como esse mercado comunitário pode socorrer em momentos de alta demanda. Durante os jogos, 81 mil hóspedes se valeram do Airbnb que chegou a se tornar parceiro oficial do comitê organizador.
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Em Pernambuco, o sistema se transformou em renda extra para quem tem uma residência para alugar. Com os três filhos já morando fora de casa, os dois apartamentos da socióloga Iara Cordeiro no Recife ficaram grandes para ela. Passando várias temporadas fora da cidade, ela resolveu virar anfitriã no Airbnb. Já conhecia o sistema na posição de hóspede, em viagens que fez à Europa.
“Decidi ganhar o mundo e abrir minha casa para o mundo. É uma experiência renovadora. Como estou há um tempo em São Paulo resolvi fazer uma reforma nos apartamentos para oferecer melhor qualidade na hospedagem”, conta Iara. Ela passou a integrar o sistema em dezembro de 2015 e contabiliza um incremento de 30% na renda com os aluguéis temporários. “Esse é o lucro líquido, depois de tirar as despesas com condomínio, internet, energia, IPTU e TV a cabo”, completa.
Pelo sistema, o Airbnb fica com 3% do valor total da hospedagem. O anfitrião não faz contato direto com o hóspede na transação financeira e tem o dinheiro depositado em conta. Iara conta que só no mês de julho teve um lucro de R$ 2,3 mil;. A diária custa R$ 115, em média, e o apartamento está estruturado com kits de cama, mesa e banho, além de TV e ar condicionado.
Professora da área de jogos digitais na Universidade Estadual do Amazonas, Cristina Araújo, diz que prefere a hospedagem alternativa. “Gosto da sensação de me sentir em casa, de ir na esquina comprar pão”, diz, contando que veio fazer um curso de mestrado em engenharia de software no Cesar, no Recife.