O transporte aéreo representa 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco, respondendo por R$ 10,6 bilhões. A constatação está em um estudo inédito divulgado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com a colaboração da GO Associados, que aponta a importância da atividade para os Estados. Apesar de ser mais emissor do que receptor de turistas, Pernambuco é um importante centro de movimentação de cargas em função de sua localização estratégica.
Pelo estudo da Abear, o valor de R$ 10,6 bilhões movimentado pelo setor inclui a receita das companhias aéreas (transporte de passageiros e cargas) e de seus fornecedores, além do turismo e do consumo das famílias dos trabalhadores que integram a cadeia. A atividade também é relevante na geração de empregos. Em 2015 ela foi responsável por 216,2 mil postos de trabalho, R$ 2 bilhões em salários e R$ 851 milhões em impostos arrecadados.
Para cada R$ 1 que a aviação adiciona à produção econômica de Pernambuco, R$ 4,6 são gerados em produção na cadeia do turismo impulsionada pelo transporte. No caso dos empregos, para cada posto de trabalho ocupado na aviação outras oito pessoas são contratadas no turismo do Estado.
“Olhando dessa forma fica bem fácil perceber como estímulos ao setor aéreo se espalham e se multiplicam pela economia. Aqui mostramos esse efeito multiplicador no turismo, mas essa mesma lógica vale para outros setores, como o de comércio, para não falar nos benefícios de uma maior conectividade doméstica e internacional. A aviação tem essa característica de criar e reforçar ciclos virtuosos de desenvolvimento”, explica o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
CARGAS
Reconhecido como importante entreposto comercial do Nordeste, Pernambuco é relevante no transporte de cargas. Em 2015, saíram de Pernambuco 18 mil toneladas de carga aérea, o equivalente a 574 kg por decolagem (50% acima da média brasileira). A corrente de comércio internacional (soma das exportações e importações) transportada pelo modal também é importante para esse Estado, correspondendo a 7% em valor do total de mercadorias movimentadas em 2015.
Realizado pela primeira vez e tomando como base o ano de 2015, o estudo da Abear tem como proposta medir o impacto da aviação na economia nacional e em todos os Estados brasileiros, além do Distrito Federal. O levantamento usa fontes públicas, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).